Grande Belém

CARNAVAL 2023: Segunda noite foi marcada por criatividade na Aldeia

Desfilaram pelo 1º grupo as agremiações: Os Colibris, Xodó da Nega, Bole-Bole, Samba da Matinha e o Império do Samba Quem São Eles. Foto: Wagner Almeida/Diário do Pará
Desfilaram pelo 1º grupo as agremiações: Os Colibris, Xodó da Nega, Bole-Bole, Samba da Matinha e o Império do Samba Quem São Eles. Foto: Wagner Almeida/Diário do Pará

Diego Monteiro

A noite de ontem marcou mais um dos momentos para que as escolas de samba mostrassem toda a criatividade que ficou trancada dentro dos barracões nos últimos dois anos. Desfilaram pelo 1º grupo as agremiações: Os Colibris, Xodó da Nega, Bole-Bole, Samba da Matinha e o Império do Samba Quem São Eles.

Quando os surdos, as caixas e os tamborins deram os primeiros toques, o público ficou agitado. “Tenho certeza que todos que estão aqui estavam ansiosos por esse momento, pois é uma tradição”, enfatizou a enfermeira Renata Palheta, 37.

Por volta das 21h, a primeira escola a pisar na avenida foi o Grêmio Recreativo Carnavalesco Os Colibris, que apresentou o enredo “Zélia amada, Zélia de Deus, Zélia das artes, herdeira de Ananse”. A homenageada é professora, conhecida nacionalmente pela luta contra o racismo, por um mundo mais justo, além de respeito e igualdade dos povos que historicamente são desfavorecidos.

Em seguida, quem dominou a Aldeia Cabana foi a Associação Carnavalesca Xodó da Nega, que trouxe fantasias glamurosas e a magia da musicalidade. Neste ano, o grupo apostou no colorido para representar a esperança, que segundo a diretoria, é o sentimento que serve como combustível para motivar a população.

ALEGRIA

O público presente serviu como termômetro para as apresentações. “Vim ontem [sábado]. Estou aqui hoje [ontem]. De olho em todos os detalhes”, revelou a esteticista Hellen Correia, 46. “Estou gostando de tudo: desde as fantasias, os carros e até o enredo”, afirmou.

“Não precisa ser a primeira vez para sentir como se fosse”, e foi desta forma que a Associação Carnavalesca Bole-Bole foi a terceira a entrar na avenida. Assim como aconteceu com as agremiações anteriores, quando o intérprete deu o sinal, a arquibancada ficou apreensiva, que juntos torceram para que a escola de samba fizesse uma boa apresentação.

Carlos Augusto, 26, era um desses torcedores. “Pelo que vi, até agora, tudo leva a crer que vamos ganhar o Carnaval 2023. Mas é uma confiança com pé no chão, pois todos são muito bons e a folia é isso: que vença o melhor, sempre”, ressaltou o motorista de aplicativo.

A Escola de Samba da Matinha foi a quarta a se apresentar, com o enredo: “Tocam em Rituais os Tambores da Matinha e Louvação a Oxum, a Rainha das Águas Doces”. “Toda referência a nossa mãe que, lindamente é homenageada sempre, mas hoje ganhou destaque na Matinha e todos puderam conhecer um pouco dela”, contou a professora Isabela Monteiro, 26.

Fechando a noite, a Associação Recreativa Carnavalesca Império do Samba Quem São Eles emocionou a torcida. “Melhor impossível! Acho que todos conseguiram realizar com louvor as apresentações. Só o fato de ter retornado o carnaval já é uma vitória para todos os paraenses que têm como este o patrimônio cultural”, concluiu a autônoma Nazaré do Socorro, 49.