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CARNAVAL 2023: Dicas para arrebentar no bloco 'É LÁ EM CASA!'

Confira as dicas levantadas pelo DIÁRIO com quem tem experiência no assunto. Foto: Divulgação
Confira as dicas levantadas pelo DIÁRIO com quem tem experiência no assunto. Foto: Divulgação

Cintia Magno

O esperado feriado de Carnaval, enfim, chegou e nem todo mundo vai poder pegar a estrada para aproveitar a folia no interior do Estado. Mas, mesmo para quem vai ficar em Belém, a brincadeira do Carnaval pode ser garantida em casa mesmo. Com alguma organização é possível fazer um bailinho ou um pequeno bloco de Carnaval mais íntimo, para reunir amigos e familiares. Confira as dicas levantadas pelo DIÁRIO com quem tem experiência no assunto.

A cerimonialista Jeanne Matni aponta que, para organizar uma festinha ou bailinho de Carnaval em casa, antes de qualquer coisa é preciso a vontade de se confraternizar com amigos e familiares, com muita alegria, animação e segurança. Garantidos esses elementos, é possível partir para a organização, considerando o que será consumido, uma boa seleção de músicas e, claro, uma decoração bem colorida e alegre.

“É de tamanha importância uma boa música para fechar com chave de ouro o seu evento. A alegria, felicidade, as marchinhas de Carnaval de antigamente, para recordar os grandes bailes que Belém já teve, como o Inferno Verde, Até o Sol Raiar, o Baile do Pierrot, que eram todos comandados por essas marchinhas. E não esquecendo o nosso inusitado Pinduca, que anima várias festinhas de Carnaval”.

Além da própria música, vale investir em uma decoração bem festiva para dar o clima de Carnaval ao encontro. E, para isso, é possível usar itens mais em conta, como confetes, máscaras de papel e serpentinas.

“Esses elementos, embora simples, vão se transformar com muita criatividade e elegância, com fitas, confetes, serpentinas, máscaras de papel que podem imprimir até em uma impressora caseira, frases de marchinhas, paetês e também o famoso colar havaiano que é uma característica bem de Carnaval, dando aquele charme todo na decoração, com isso você monta um cenário colorido, bonito e divertido, sem gastar muito”.

Outro ponto fundamental da festa é o que será consumido pelos convidados. Para que todos possam ser bem servidos, a cerimonialista Jeanne Matni explica como pode ser feito o planejamento das bebidas e comidas. “A bebida será calculada sempre com o número de convidados e, consequentemente, com o que cada um consome, dando aí também um toque super especial com drinks que estão em alta, com ou sem álcool, coloridos, divertidos e saborosos”, aponta.

“As comidinhas indicadas seriam uma boa tábua de frios, com antepasto, pãezinhos, cascalhos, uns docinhos e o que não pode faltar de jeito nenhum é aquele delicioso caldinho quentinho, pra dar aquela revigorada”.

Foi por acaso que a família do empreendedor Junior Morares Xaréu, 42 anos, começou uma tradição de comemorar o Carnaval em um bloco organizado por eles mesmos. Após o improviso da primeira edição, veio a ideia de organizar o bloco para sair todos os anos.

“A gente estava reunido em casa uma semana antes do Carnaval e começamos a batucar alguma coisa. De repente a minha sogra chegou com umas roupas de mulher e nos fantasiamos e ficamos batucando dentro de casa mesmo até que surgiu a ideia de ir batucar na rua e a gente foi assim mesmo. A vizinhança gostou, participou junto”, conta, ao lembrar que esse início aconteceu no Carnaval de 2017.

“No domingo seguinte os vizinhos começaram a perguntar se não teria mais e no ano seguinte a gente decidiu organizar direitinho”.

Junior decidiu encomendar um abadá para o bloco, escreveu e gravou um samba e já em 2018 o bloco foi novamente à alameda onde mora a sua sogra, no bairro do Parque Verde, para fazer a alegria da família no Carnaval. O mesmo se repetiu em 2019, até que em 2020 a pandemia impusesse uma pausa que durou até 2023.

Neste ano, o bloco pode voltar a ser realizado e Junior garante: é possível organizar uma programação para envolver a família sem grandes dificuldades. Normalmente, eles criam um grupo de WhatsApp só com a família e amigos próximos e lá tudo é definido. O bloco não é aberto ao público externo e nem tem fins lucrativos.

“É possível fazer, com certeza. E é uma opção muito boa para quem quer uma tranquilidade a mais, curtir com a família. Pode fazer em casa ou na própria rua em que mora”, considera, ao explicar como eles se organizam para custear a brincadeira.

“Se tem um custo de R$20 para confeccionar um abadá, por exemplo, a gente faz uma média considerando o preço do abadá e uma caixa de cerveja e cada participante do bloco paga R$50. Com isso, tudo o que é arrecadado é gasto para fazer o bloco, a gente compra a cerveja, o refrigerante, faz o abadá, tem uma sopa que a minha sogra faz para o final do dia também. Assim, o custo é dividido entre todos, em partes iguais, e não sai caro para ninguém”.