'Caravana das Periferias' é lançado em Belém

Jader Filho reforçou a importância de dar voz aos territórios periféricos. “A periferia tem que ser ouvida e a periferia vai ser ouvida”, finalizou. Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.

Alexandre Nascimento

O Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, lançou, na noite de ontem (12), o programa “Caravana das Periferias”, em Belém. O projeto tem o objetivo de criar um plano nacional para que sejam destinadas políticas públicas, como melhorias de infraestrutura que promovam o desenvolvimento social e territorial dos bairros periféricos do Brasil.

O evento contou com a participação do ministro das Cidades Jader Filho, do secretário nacional de periferias Guilherme Simões, do senador Jader Barbalho, do prefeito de Belém Edmilson Rodrigues, do governador do Estado Helder Barbalho, da deputada federal Elcione Barbalho, comunidades de bairros periféricos, entre outras autoridades.

De acordo com o Ministério, a caravana consiste em discutir os assuntos da periferia diretamente com as comunidades que as ocupam. “Esse diálogo é importante porque é a periferia que conhece seus problemas, quais as suas necessidades. É a partir disso que o Ministério das Cidades irá executar as políticas públicas nos bairros das periferias, disse Guilherme Simões, secretário nacional de periferias.

Além disso, ainda de acordo com o Ministério das Cidades, o diálogo também será importante para que as implementações sociais mantenham as potencialidades e características das periferias.

“As execuções de ações do Ministério serão baseadas na realidade de cada periferia, que são ricas em cultura, honestidade, alegria, entre outras potencialidades desses locais, que só serão identificadas pelo Governo a partir desse diálogo”, declarou Jader Filho, ministro das Cidades.

APOIO

Ainda de acordo com o ministro, a garantia de execução das ações receberá apoio de outras pastas do Governo, uma vez que as demandas identificadas poderão estar alheias ao Ministério das Cidades. “Algumas demandas da periferia estarão relacionadas à educação, saúde e outros assuntos de outras pastas, mas iremos intermediar junto aos ministros para que seja feita a execução. Tudo isso porque a melhoria das periferias é uma das prioridades do presidente Lula, e não mediremos esforços para que sejam executadas”, completou Jader Filho.

Belém foi a escolhida para o lançamento da caravana baseada na visita de Guilherme Simões às periferias. Em números, segundo o Ministério das Cidades, a capital do Estado concentra 45% de áreas periféricas do Norte, a região mais periférica do Brasil. “Temos um desafio de transformar as nossas periferias, levar melhores condições sociais. E é muita alegria saber que o presidente Lula está com essa disposição, com um ministro paraense que tem o mesmo interesse”, disse Edmilson Rodrigues, prefeito de Belém.

Ação inédita dá voz a quem vive nos territórios periféricos com objetivo de construir políticas públicas para as comunidades. Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.

Ainda de acordo com o prefeito, a Caravana das Periferias será importante também para estruturar Belém, a partir das melhorias que virão aos bairros periféricos, para sediar a COP 30, em 2025. “Lógico que nossa maior atenção é trazer melhorias para as periferias, mas essa vindoura transformação vai fazer da nossa cidade referência, quando receber pessoas de todas as nações na COP 30, de como cuidamos da nossa gente que mais precisa”, completou Edmilson Rodrigues.

O governador Helder Barbalho também destacou a caravana, um projeto de valorização da periferia, por meio de políticas públicas, executadas pelo Governo do Estado.

“Temos que olhar para a complexidade das cidades, e isso envolve promover inclusão social por meio de políticas públicas às periferias. No governo estadual, construímos as Usinas da Paz dentro das periferias, como essa do Guamá onde está sendo realizado esse evento, que é um projeto elogiado em todo o mundo. Então, nosso Governo será grande parceiro nesse programa para valorizar a nossa periferia”, declarou Helder.

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