Pelo 105º ano, a Vila de Caraparu, no município de Santa Izabel do Pará, celebrou nesta sexta-feira (08) o tradicional Círio de Nossa Senhora da Conceição. A procissão fluvial, que faz o percurso pelas águas do rio Caraparu, começou logo cedo, às 5h30, encerrando por volta de 10h, incluindo a romaria terrestre.
O “Círio das Águas” reuniu milhares de fiéis que acompanharam a procissão que é tida como uma das mais belas do Estado. Eles fizeram o trajeto pelo rio em canoas e caiaques. Um dia antes os devotos realizaram a trasladação com a imagem da santa pelas ruas da comunidade, seguida de missa.
O Círio da Vila de Caraparu foi crescendo a cada edição e, atualmente, atrai a participação de devotos de várias partes do estado. A edição deste ano tem como tema “Com a Imaculada Conceição, somos Igreja em Missão”.
“O nosso tema fala da busca pela alegria, paz, união e mais humanidade para com o seu próximo. É a nossa missão através da igreja”, disse. “A festividade começou no ano de 1905, entre senhores que moravam na Vila de Caraparu, que hoje é um distrito de Santa Izabel. A partir daí, passou a ser padroeira da vila”, declarou Ana Cláudia Farias, coordenadora de divulgação do Círio de Caraparu.
Notícias Relacionadas
'GESTÃO CAÓTICA'
Após ameaça de intervenção, diretora geral da Unimed Belém renuncia; entenda a crise
Presidente da Unimed Brasil classificou de 'anormalidades econômico-financeiras e administrativas da Unimed Belém' e denunciou diversas irregularidades.
MEIO AMBIENTE
Dia da árvore : Agroextrativistas promovem a restauração florestal
Iniciativa é impulsionada pelo projeto Marajó Socioambiental. Eles se preparam para atender ao mercado de sementes e mudas agroflorestais
A devota Ana Júlia, de 24 anos, acompanhou a procissão como marinheira. Ela conta que morou por 13 anos em Caraparu.
“Tenho uma devoção e aproximação muito grande com Nossa Senhora da Conceição e carregamos um legado de estar aqui todos os anos no dia dia 8 de dezembro. Nossa família sempre seguiu nesse caminho da fé. Sempre fui na canoa da santa ajudando, mas era algo muito pessoal ir na canoa dos marinheiros. E em 2021 pela primeira vez saí de marinheira, era a única, meu desejo era que mais mulheres participassem e já vou pro meu terceiro ano. Mas hoje tem mais mulheres e esse número cresce cada vez mais”, afirmou.
Waldemir Farias, marinheiro do Círio, contou como surgiu a devoção à padroeira da Vila e sua participação direta na procissão pelo rio Caraparu. “Com 15 anos peguei tuberculose, e pago minha promessa sendo marinheiro. Isso tem uns 35 anos. E vou levar essa promessa até o final da minha vida. Essa promessa significa muita coisa”.
