O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), em Belém, que é um centro de referência no tratamento de câncer em crianças e adolescentes no Pará, promoveu ontem (25) mais uma edição da campanha de doação de sangue em parceria com a Fundação Hemopa.
Iê Fernandez, coordenadora da Agência Transfusional, ressalta a relevância das doações regulares. Ela comenta que é comum que pacientes com câncer necessitem frequentemente de transfusões de sangue ou reposição de componentes como plaquetas e plasma. Esses procedimentos são fundamentais para cirurgias complexas e, em alguns casos, para tratamentos quimioterápicos e radioterápicos. “Nós costumamos realizar três campanhas de doação de sangue por ano. O objetivo é arrecadar doadores para enviar as doações à Fundação Hemopa. Essas bolsas de sangue, uma vez encaminhadas, são distribuídas para todo o estado do Pará, e não apenas para o Hospital Oncológico Infantil”, explica.
“No Hospital Oncológico Infantil, tratamos crianças com leucemias e linfomas. Para que elas possam seguir com seus tratamentos, muitas vezes precisam receber transfusões de sangue. Se não houver essa transfusão durante o tratamento, elas têm que descontinuar. Por isso, é fundamental contar com a mobilização da comunidade. Atualmente, temos cerca de 900 pacientes em tratamento e aproximadamente 1300 em acompanhamento”, acrescenta.
Para tornar a participação mais fácil, a coleta foi feita por uma unidade móvel do Hemopa, que estava instalada na parte externa do hospital, além de um posto fixo montado na recepção principal. Durante o dia, o evento também contou com atrações musicais, animação para as crianças, atividades divertidas e ações realizadas por voluntários. A meta da campanha é arrecadar 100 bolsas de sangue, sendo que uma única bolsa pode beneficiar até quatro pessoas.
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Essa iniciativa também ofereceu diversos serviços gratuitos à comunidade, em parceria com a Defensoria Pública do Estado do Pará. Entre os serviços disponíveis estavam atendimento jurídico, orientações e ações extrajudiciais. Além disso, foram emitidos documentos como certidões de casamento, nascimento e óbito; título de eleitor, carteira de trabalho digital, fotos 3×4, RG, cadastro de CPF e acesso ao GOV.BR.
Dianne de Oliveira Lima, lavradora de 39 anos, é doadora voluntária de sangue. Ela foi acompanhar seu marido que está em tratamento no Hospital Ophir Loyola e aproveitou a espera pela consulta para fazer sua doação na unidade móvel do Hemopa. “Doar sangue é um gesto de amor, não dói, não faz mal e não prejudica o corpo. Fico muito feliz e grata por saber que meu sangue pode ajudar a salvar outras vidas”, conta.
Adriel de Barros, um estudante de 16 anos, está em acompanhamento na instituição há aproximadamente 4 anos. Ele comenta: “Doar é um gesto simples, mas pode fazer uma grande diferença na vida de muitas pessoas, assim como fez na minha. Uma única doação tem o poder de salvar várias vidas.”
Doadores que não puderem comparecer poderão ir a qualquer posto de coleta do Hemopa e informar o código do Hoiol – 1766.
