Pará

Campanha do Hemopa chama doadores de sangue

Há quatro anos Heverson Reis decidiu ser um doador através do Projeto Vida Por Vida FOTO: Wagner Almeida
Há quatro anos Heverson Reis decidiu ser um doador através do Projeto Vida Por Vida FOTO: Wagner Almeida

Ana Laura Costa

Nos dias que antecedem a folia, a solidariedade abre alas. Com o objetivo de atrair doadores de sangue durante o período carnavalesco, no dia 1º de fevereiro o Hemopa iniciou a campanha de doação de sangue do Carnaval 2023 com o tema “Neste Carnaval, ganhe 10 no quesito solidariedade. Doe sangue e salve vidas” e segue com a ação até o dia 28 de fevereiro.

A campanha será realizada nas 11 unidades da hemorrede estadual, beneficiando pacientes que se submetem a tratamentos e intervenções médicas de grande porte e complexidade, como transfusões, transplantes, procedimentos oncológicos, cirurgias, entre outros.

“Início de ano, entre os meses de janeiro e fevereiro, há uma redução no número de doadores por conta do período chuvoso e maior incidência dos casos de gripe. Aliado a isso, o Carnaval chega e para aproveitar o feriado as pessoas se deslocam para outros municípios, o que impacta o estoque de sangue”, diz a gerente de Captação de Doadores do Hemopa, Juciara Farias.

“Por isso a importância desse reforço necessário com a campanha, para atender a demanda de pacientes que precisam de doações de sangue. E os doadores ainda ganham uma camisa da campanha este ano, uma forma de incentivar outras pessoas a doar sangue também”, afirma.

Uma doação, cerca de 450 ml de sangue, pode salvar até 4 vidas e quem realiza o ato solidário ajuda a abastecer o estoque de sangue que atende demandas de hospitais públicos e privados. Mas, antes de doar, é necessário realizar um cadastro com dados pessoais e gerais no hemocentro mais próximo, e estar munido de documento oficial com foto.

TRIAGEM

Após o cadastro, ocorre a triagem clínica. Uma entrevista que avalia as condições de saúde da pessoa que vai doar e os riscos para a pessoa que vai receber. Na triagem clínica, são feitas perguntas a respeito do estado de saúde do candidato à doação de sangue. Feito isso, é só contribuir com a felicidade e saúde de quem mais precisa.

Há 25 anos, o autônomo Mauro Oliveira, 51, realiza este ato simples e que salva vidas. Como já estava no intervalo entre uma doação de sangue e outra, ele aproveitou a tarde da quarta-feira (8) para doar.

“Comecei a ser um doador movido pela solidariedade mesmo. Costumo doar sangue regularmente, fazem 3 meses que doei a última vez e sei que é um ato importante. Quantas pessoas não estão precisando de sangue agora? Nunca precisei de doação, mas já tive familiares que precisaram. Incentivo é o que não falta para ser solidário”, conta.

Outro doador regular é o Heverson Reis, 30. Há quatro anos o analista de contas decidiu ser um doador através do Projeto Vida Por Vidas, uma iniciativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia que visa contribuir com os hemocentros através do incentivo à doação de sangue. Desta vez, o motivo para doação é conhecido da família. “Vim doar hoje porque a sogra da minha sogra está hospitalizada e precisando de sangue. Mas sou um doador regular e sempre convido familiares e colegas para fazerem parte desta rede”.

 

Critérios

– Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam estar acompanhados de responsável legal);

– Ter mais de 50 quilos;

– Estar bem alimentado (não pode estar em jejum);

– Dormir pelo menos 6 horas nas 24 horas

anteriores à doação;

– Não ingerir bebida alcoólica 12 horas antes da doação;

-Ter intervalo entre doações de dois meses para homens e três meses

para mulheres;

– Quem se vacinou contra a Covid-19 pode doar sangue, sendo necessário um intervalo de dois dias após cada dose para quem recebeu a vacina Coronavac, e sete dias para quem recebeu as demais vacinas.

-Quem teve Covid-19 pode doar 10 dias após a cura.