Luiz Flávio
Produzir um jornalismo eminentemente regional, com uma programação voltada para os interesses e defesa da população paraense. Esse tem sido o foco da RBATV desde o seu início, três décadas e meia atrás. Para isso, a emissora tem investido nas mais modernas tecnológicas de captação e imagem e de transmissão e, sobretudo, na capacitação do seu quadro de pessoal, fazendo com que a RBATV se mantenha no topo, ostentando posto de maior audiência entre as emissoras da Rede Bandeirantes no país, proporcionalmente. A seguir Camilo Centeno, presidente em exercício do Grupo RBA, fala sobre as conquistas e da emissora e o que ainda está por vir:
P. O que a RBATV representa para a comunicação do Estado do Pará?
R. Sem dúvida, nesses 35 anos nos transformamos numa referência na Comunicação do Estado. Somos uma emissora genuinamente paraense e que tem a cara do Pará. Não seguimos uma formatação obrigatória que outras emissoras têm para seguirem padrões de rede. Temos a nossa cara, a nossa característica, que é diferente das outras emissoras locais, e isso criou uma forte identidade com o telespectador paraense. Nossa inserção regional é muito forte. Entra as emissoras “top five” daqui, nenhuma tem um destaque regional tão grande como a RBATV. São mais de 6 horas diárias de programação local ou 30% da programação diária. Não abrimos mão dessa bandeira, que inclusive que foi mote de uma grande campanha publicitária que realizamos a alguns anos aqui no grupo, que foi o “Orgulho de ser do Pará”.
P. E quais são as novidades implementadas na emissora que chamam a atenção do telespectador?
R. Fizemos recentemente alterações na programação extinguindo alguns programas e criando outros, como o “Bora Cidade”, um programa que vem ganhando força nos últimos meses, com grandes resultados de audiência. É um programa que traz tudo que acontece no Estado do Pará através de uma rede de afiliados que nos fornece um farto material noticioso diariamente, sob a apresentação do Agenor Santos e da Nathália Lago. Substituímos na faixa da tarde o “Brasil Urgente” pelo “RBA Urgente”, que é apresentado pela jornalista Nathália Kawage e que também vem crescendo em audiência. O programa antecede o “Jornal da RBA”, que também possui números excelentes, muitas vezes alcançando o segundo lugar em audiência, como vários outros programas da nossa grade. Tudo isso consolida a RBATV como a maior audiência da Rede Bandeirantes em termos proporcionais.
P. Falando em expansão e em audiência, qual a abrangência da RBATV no Pará?
R. Hoje contamos com 40 retransmissoras próprias e afiliadas à rede no interior que alcançam 80% da população do Estado. Mais importante do que estar fisicamente no município, e abranger uma faixa cada vez maior da população. Muitos municípios paraenses são pequenos e não cobrem os custos da instalação de uma retransmissora. Temos operações nas principais cidades do Estado que acabam levando nosso sinal aonde não podemos estar fisicamente. O Pará é um Estado imenso, praticamente do tamanho da Colômbia, e nossa meta é expandir cada vez mais essa interiorização. Temos uma diversidade social e cultural enorme, o que nos obriga a respeitar as tradições locais de cada região.
P. Tecnologicamente a RBATV acompanha as mudanças das emissoras mais modernas do país?
R. Somos uma emissora 100% digital. O governo federal baixou uma determinação de que todas as emissoras de TV do país migrassem para o sistema digital até janeiro deste ano, mas esse prazo foi prorrogado para 2024 e vamos continuar acelerando o passo para que essa digitalização ocorra em todas as nossas emissoras espalhadas pelo Estado, fazendo isso com mais prudência e responsabilidade. É um caminho sem volta. Hoje não falamos mais em HD, mas em 4K, tecnologia que funciona com imagens de altíssima definição e que exige equipamentos cada vez mais sofisticados, resultando numa perfeição da imagem captada.
P. E a integração da RBATV aos demais veículos do grupo, como portal DOL, Jornal DIÁRIO DO PARÁ e as rádios?
R. No caso da TV temos trabalhado muito não apenas na integração, mas na interação entre as várias redações, não apenas com as redações da emissora espalhadas pelo Estado, mas com as dos demais veículos. Nossa intenção para 2024 é criar um núcleo de rede com foco na interiorização cada vez maior do nosso noticiário, intensificando o intercâmbio com as nossas afiliadas e emissoras próprias, produzindo um material cada vez mais qualificado que possa ser aproveitado na rede. Hoje as redações do DIÁRIO, do DOL e da TV trabalham cada vez mais integradas na busca pela notícia bem apurada. E para isso temos investido cada vez mais não apenas em equipamentos de ponta, mas em treinamento e qualificação do nosso pessoal e na contratação de profissionais de renome. É bom lembrar que o grupo RBA foi pioneiro nessa integração de veículos, fator que é um pouco mais complicado de ocorrer em outros grupos pela própria concepção que possuem de rede nacional. Aqui temos mais liberdade e autonomia e podemos trabalhar com mais acerto na nossa programação.
P. A cobertura da COP28 em Dubai é um exemplo dessa integração…
R. Exatamente! Temos profissionais contratados em Dubai e outros que foram enviados daqui para Dubai para cobrir a COP28. Quando o Pará foi escolhido para sediar a COP30 o grupo elaborou um projeto arrojado de cobertura que inclui a cobertura das COPs 27, 28 e 29, fechando com chave de ouro a cobertura da COP30 que será realizada em Belém. A cobertura desse evento será o carro-chefe da emissora para os próximos 2 anos. A ideia é que todos os veículos do grupo cheguem em 2025 com a estrutura preparada para produzir um conteúdo qualificado para o maior evento climático que iremos sediar aqui. Temos a obrigação de produzir um jornalismo mais qualificado do que o que será produzido por quem vem de fora. Afinal estamos na Amazônia. Esse é o conceito que vamos seguir.