Pará

BRT tem melhor custo benefício para a mobilidade na Região Metropolitana

Confira os detalhes do BRT Metropolitano. Foto: Agência Pará
Confira os detalhes do BRT Metropolitano. Foto: Agência Pará

Para algumas pessoas, falar em “BRT” remete apenas a um ônibus, e, na verdade, trata-se de um conjunto de vias exclusivas, estações de passageiros, terminais de integração e veículos para operar um sistema que vai beneficiar a vida de mais de 2 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Belém. Ao final das obras na BR-316, que já estão quase 60% executadas, os benefícios a população vão além da mobilidade.

Estudos em cooperação com a agência japonesa Jica, que financia 78% do projeto, revelam que o BRT é o sistema de transporte mais adequado para a região na comparação custo x benefício, levando em consideração sistemas implantados em cidades de outras regiões.

Agentes da Jica estiveram no Pará vistoriando as obras ao lado dos técnicos do NGTM

“O sistema BRT atende até 45 mil passageiros por hora a um custo médio de infraestrutura de R$ 15 milhões de dólares por km. É o sistema mais barato para a demanda de médio porte que temos. Outra tecnologia teria um custo muito alto para o poder público e para a população, pois não atenderia a demanda. Na Região Metropolitana de Belém, serão atendidos de 20 a 25 mil passageiros por hora, o que é totalmente adequado a tecnologia do BRT”, afirma o arquiteto Paulo Ribeiro, assessor técnico do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM).

O sistema BRT vai operar com 40 ônibus elétricos, que serão utilizados exclusivamente no corredor expresso até São Brás, e 92 a diesel, com suspensão pneumática, portas nos dois lados e que vão fazer rotas até o centro da cidade de Belém. Todos os veículos poluem menos que os atuais que rodam na capital e terão ar condicionado. Eles devem chegar à capital entre setembro e novembro de 2024.

Os comandos para terminais e estações serão lançados do Centro de Controle Operacional, que já está com as obras 98% concluídas. O prédio fica localizado na avenida Augusto Montenegro e interligará os Sistemas de monitoramento, controle, gestão de passageiros e segurança, nas Estações e Terminais de ônibus expressos, via Fibra Óptica. Toda a infraestrutura de comunicação será feita a partir da construção de um Anel Óptico Metropolitano, que passará pela Rodovia Augusto Montenegro, Almirante Barroso e BR-316 até Marituba.

Centro de Controle Operacional
Centro de Controle OperacionalFoto: Divulgação

Mobilidade

De acordo com a Diretora Geral do NGTM, Leila Martins, o Sistema Integrado de Transporte Metropolitano possibilitará a melhoria da oferta de transporte nos bairros dos municípios de Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Izabel e Santa Bárbara, sem aumentar o número de ônibus no centro de Belém, com redução do tempo de viagem e pagamento de apenas uma passagem.

Os usuários do Sistema Integrado podem sair de seus bairros em linhas alimentadoras que se dirigem até um dos terminais de integração, localizados na Rodovia BR-316, sendo um em Ananindeua (KM 6,5) e outro em Marituba (KM 10,7). No terminal, sem pagar outra passagem, o usuário pode passar para uma das 3 linhas troncais até o centro de Belém ou São Brás.

Foto: Divulgação

Além da melhoria da mobilidade, o projeto contempla a reestruturação de toda a BR-316. “Esta é a primeira vez que a BR-316 recebe um sistema de drenagem completo. Vamos entregar mais de 20 km de asfalto, 13 passarelas novas, estações de passageiros, ciclovia, calçada com arborização, será uma nova avenida. Nos terminais de Ananindeua e Marituba haverá uma Estação Cidadania, onde a população poderá ter acesso a diversos serviços”, afirma ainda a diretora.