Brechó é a aposta para compras de Natal; veja onde garimpar neste domingo

Os brechós são importantes componentes para a moda. A ideia principal deles é oferecer roupas e outros itens usados a preços acessíveis, promovendo um estilo de vida mais sustentável e o consumo mais consciente. Nesta época natalina, uma boa oportunidade de compra para presentes ou compra pessoal é apostar nos brechós. Em Belém, todo final de semana é realizado um encontro que reúne cerca de 30 mulheres empreendedoras do ramo.

No último sábado (21) e domingo (22) as empreendedoras promoveram a edição especial de Natal do “Brechó da Juci”, com itens como bolsas, calças, blusas, vestidos, shorts, saias, biquínis e demais peças a preços acessíveis. Os itens são predominantemente voltados para o público feminino, mas também os consumidores masculinos tiveram a oportunidade com peças disponíveis no local.

A idealizadora da iniciativa é a empreendedora Jucilene Jucá, 39 anos, que atua na área da moda circular há 10 anos. O início, lá no ano de 2014, foi quando Jucilene desejou desapegar de algumas peças do guarda-roupa anunciando a venda delas nas redes sociais. A partir daí, a empreendedora enxergou uma oportunidade de negócio e também passou a ofertar peças de amigas, além das próprias, no meio digital.

O empreendimento expandiu e, atualmente, são seis anos que a Jucilene reúne as empreendedoras em um espaço físico para promover as edições do brechó. “Sabemos da importância de trazer o tema da moda circular, tema tão discutido hoje. Aqui ninguém é concorrente, pelo contrário, somos amigas que apoiam umas às outras. Eu iniciei lá atrás como forma de desapego de algumas roupas, e hoje ganho a vida estimulando o reuso de peças conceituadas no mercado”.

Há uma década, a representante comercial Melina Valine, 58, concilia a profissão com a atividade de empreendedorismo no brechó, sendo umas das 30 mulheres participantes. Melina explica que a atividade além de promover uso consciente de vestuário, é também uma forma de promover a socialização entre as pessoas.

“Eu gosto de trabalhar com o público, gosto dessa interação, de conversar. Você transmite alegria por meio da roupa e são peças que fazem o bem-estar de muita gente. São roupas que não se encontram em qualquer lugar. Não é apenas um brechó, é um espaço de convivência e consciência”.

Consumidora assumida da moda circular e cliente assídua, a autônoma Marilia Abdon, 40, explica que há mais de dez anos compra em brechós na capital paraense. Para Marília, a iniciativa é uma forma de diminuir o consumo e economizar com peças que “estão excelentes e com preços justos”. Ainda segundo a autônoma, a preferência pelos brechós também é justificada pela diversidade e qualidade das peças. “Eu sempre venho ou só, ou com familiares e amigas. Já estou levando meu look para passar o Natal. É uma forma de economizar comprando peças de marcas conceituadas”.