Pará

Bombeiros alertam sobre acidentes com animais aquáticos; Pará registrou 170 casos

No Pará, as ocorrências podem são comuns em praias da Ilha de Mosqueiro, Icoaraci, Salinópolis, Marajó, Bragança e Marapanim. Foto: ARQUIVO / AG. PARÁ
No Pará, as ocorrências podem são comuns em praias da Ilha de Mosqueiro, Icoaraci, Salinópolis, Marajó, Bragança e Marapanim. Foto: ARQUIVO / AG. PARÁ

Com o início das férias escolares e a chegada do período de verão, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) alerta sobre o aumento da movimentação nas praias de água doce e salgada do Estado e a ocorrência de acidentes de banhistas com animais marinhos, como arraias, bagres, caravelas e águas-vivas. No Pará, as ocorrências podem são comuns em praias da Ilha de Mosqueiro, Icoaraci, Salinópolis, Marajó, Bragança e Marapanim.

Mais de 120 acidentes, especialmente com arraias, foram registrados no Marajó e cerca de 50 acidentes, com bagres, caravelas e águas-vivas, foram registrados na Região do Salgado de junho a outubro de 2022. O major Diego Cunha, comandante do 18º Grupamento de Bombeiro Militar do Pará, em Salvaterra, destaca as principais orientações sobre os cuidados para evitar acidentes com animais nas praias.

“No verão amazônico, alguns fatores como a temperatura elevada, o período de reprodução animal, a maior quantidade de alimentos descartados de forma irregular nas praias, aliadas a correntes de ventos, levam animais aquáticos para as margens praianas. É importante, logo que chegar na praia, procurar se informar sobre os riscos com os guardas vidas, evitando os locais onde caravelas e águas-vivas são avistadas. Na prática de pesca, recomendamos ir calçado para se proteger de acidentes com arraias, arrastando os pés ao entrar na água, para não pisar sobre os peixes”, destaca o major.

O QUE FAZER

Em caso de acidente, é importante procurar o Corpo de Bombeiros para que os primeiros socorros sejam oferecidos. Em caso de complicações, os bombeiros encaminharão a vítima para o hospital mais próximo.

Entre as recomendações em relação a queimaduras por águas-vivas, estão: a aplicação de ácido acético a 5% (vinagre, por exemplo) sem esfregar o local, pois pode piorar a área de lesão. Jamais deve ser utilizada água da torneira ou mineral no local da queimadura. Para limpar a ferida, a orientação é usar a própria água do mar, porque a água doce pode agravar a queimadura. As medidas ajudam na inativação das toxinas, impedindo um maior envenenamento, uma vez que as células continuam despejando o conteúdo na pele.

Em relação a casos de queimadura com caravelas-portuguesas, o primeiro passo é lavar o ferimento com bastante água do mar, porque a doce provoca mais inchaço. A partir disso, se ainda houver células da caravela-portuguesa no local, o ideal é usar uma luva, ou uma pinça pra tirar com cuidado. Com as arraias, o Corpo de Bombeiros orienta que sejam feitas compressas com água morna, para amenizar as dores intensas, enquanto a vítima segue ao hospital.

“Estaremos disponíveis com várias equipes reforçadas e preparadas para garantir as orientações aos banhistas, com atuação de forma estratégica e primeiros-socorros. Nosso objetivo é garantir um lazer mais seguro para os banhistas”, explica o major Diego Cunha.