Pará

Bolsa Verde: extrativistas do Pará podem receber auxílio; veja como aderir

Comunidades tradicionais como ribeirinhas, extrativistas e pescadoras artesanais estão entre os beneficiários Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Comunidades tradicionais como ribeirinhas, extrativistas e pescadoras artesanais estão entre os beneficiários Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Famílias extrativistas dos estados do Acre, Amazonas, Amapá e Pará já podem aderir à segunda etapa do Programa de Conservação Ambiental – Programa Bolsa Verde, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). O programa é voltado moradores de Florestas Nacionais, Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável, além de assentamentos florestais, agroextrativistas e de desenvolvimento sustentável. Nesta etapa, foram incluídas pouco mais de 23 mil famílias. Por meio da remuneração por serviços ambientais, os beneficiários se comprometem a preservar a floresta e utilizar os recursos naturais de maneira sustentável. 

Nesta fase do programa, são contemplados 87 territórios situados em 21 municípios. (Veja a lista de municípios contemplados ao final da notícia). Entre as famílias beneficiárias, estão comunidades tradicionais, especialmente ribeirinhas, extrativistas e pescadoras artesanais. Além de serem moradores de territórios ambientalmente diferenciados, os beneficiários devem estar cadastrados no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), e ter renda de até meio salário-mínimo por membro da família.  

Para fazer a adesão ao programa, o cidadão deverá acessar o site bolsaverde.mma.gov.br, munido de CPF e data de nascimento. Na plataforma, o usuário fará a assinatura do termo de adesão, em que se compromete a respeitar a legislação ambiental e as regras das unidades de conservação e assentamentos dos quais fazem parte. A partir da assinatura, o beneficiário deverá entrar na folha de pagamento do mês seguinte, sob responsabilidade da Caixa Econômica Federal.

Assistência técnica e extensão rural

O programa também realizará ações de assistência técnica e extensão rural junto às famílias participantes, que atuam em atividades como a pesca artesanal, a agricultura familiar, o extrativismo de frutas, especialmente do açaí, e a coleta de sementes, dentre outras. Ainda no primeiro semestre deste ano, será lançado um edital de chamamento para instituições interessadas em atuar na assistência diretamente nos territórios, incentivando a inclusão socioprodutiva e a conservação ambiental. Com isso, pretende-se causar impacto positivo sobre questões alimentares, culturais, territoriais, pesqueiras, agrícolas e agrárias na zona rural amazônica. 

“O Bolsa Verde é um programa de apoio à conservação ambiental destinado a populações que vivem em áreas definidas como prioritárias para conservação da biodiversidade. São áreas com boa conservação ambiental e com comunidades residentes que têm um modo de vida tradicional, baseado no agroextrativismo, que convivem com uso e conservação dos recursos naturais da biodiversidade”, explicou o coordenador-geral de gestão socioambiental, Gabriel Domingues.

“Nesse primeiro momento, como uma orientação da ministra Marina Silva, a gente priorizou as áreas da Amazônia Legal, dada a retomada do plano de combate ao desmatamento na Amazônia. Mas já estão sendo contempladas algumas reservas extrativistas no Nordeste, e temos a expectativa de ampliar o programa para outros biomas nas próximas etapas”, completou ele. 

Canal do Whatsapp 

Nesta semana, o Programa Bolsa Verde também lançou um canal no Whatsapp. O espaço reunirá informações sobre os beneficiários, municípios abrangidos pelo programa e outras orientações às famílias participantes. Para receber as informações, basta clicar aqui ou abrir o aplicativo do Whatsapp no seu celular, acessar a aba “Atualizações”, buscar o canal do Bolsa Verde” e clicar em seguir. 

Sobre o Bolsa Verde 

Criado em 2011, por meio da Lei nº 12.512, o Programa Bolsa Verde chegou a atender cerca de 100 mil famílias moradoras de reservas extrativistas, realizando pagamentos trimestrais de R$ 300, mas foi desativado em 2017. Em sua nova versão, instituída pelo Decreto 11.635/2023, o programa foi lançado em agosto do ano passado, incluindo 195 territórios em 50 municípios, o que abrange 50 mil famílias, das quais 24 mil já estão recebendo o benefício, sobretudo na região amazônica. 

Já com o lançamento da segunda etapa, outras 23 mil famílias foram incluídas no programa; deste total, 11 mil estão aptas a assinar o termo de adesão do Bolsa Verde. Com isso, o programa agora chega a 282 áreas, distribuídas em 71 municípios de nove estados. 

O programa é realizado pelo MMA, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e MDS, Caixa Econômica Federal, Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) e Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), Ministério da Fazenda e Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

Municípios com famílias contempladas na 2ª etapa do programa Bolsa Verde

 

ACRE
Bujari
Cruzeiro do Sul
Rodrigues Alves
Mâncio Lima

AMAPÁ
Mazagão 

AMAZONAS

Novo Aripuanã

Humaitá 

Careiro
Santo Antônio do Içá
Beruri
Autazes
Benjamin Constant
Manaus

PARÁ

Afuá

Abaetetuba

Bagre
Barcarena
Cametá
Belém
Gurupá
Igarapé-Miri