Pryscila Soares
A agitação típica de uma segunda-feira deu lugar à calmaria, que imperou na capital paraense na manhã de ontem (20). Diferente dos outros dias de semana, quem resolveu aproveitar a folga para fazer um passeio encontrou um trânsito tranquilo mesmo nos principais corredores de tráfego da cidade como as avenidas Visconde de Souza Franco, a Doca, no bairro do Reduto, e Duque de Caxias, no Marco.
A tranquilidade na cidade atraiu praticantes de atividades ao ar livre, a exemplo do aposentado Odacyr Oliveira, 73 anos, que é adepto da corrida e resolveu fazer o exercício no canteiro da Duque de Caxias. “Eu não gosto (de viajar no Carnaval). Já viajei muito, era fuzileiro naval. Fui atleta paralímpico depois de ser diagnosticado com artrose. Virei atleta porque estava ficando todo travado e, com isso, melhorei. Hoje corro menos, até uns 4 quilômetros. Não bebo. Procuro ter uma vida saudável e, também, busco um lugar mais confortável para fazer atividade”.
Em busca de lazer, algumas famílias visitaram espaços como o Porto Futuro, no Reduto. Foi o caso da assistente administrativa Jhenifer Rocha, 20 anos, que levou o filho, o pequeno Samuel Rocha, 2 anos, para brincar no local. “Moro em Ananindeua, vim trazer ele para brincar e gastar energia. O pai dele está trabalhando, então a gente teve que ficar. É bem melhor sair com ele com a cidade mais calma. E aqui é bem tranquilo para vir com a família”, disse.
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Quem também visitou o ponto turístico foi a bacharel em direito Tais Porto, 42 anos, acompanhada do esposo, o oficial de náutica Vitor Porto, 40 anos, e do filho do casal, Davi, 5 anos. “Combinei com os amiguinhos do meu filho para eles virem para cá, brincar no chafariz, mas está em manutenção. Não quisemos viajar porque meu marido ia fazer uma cirurgia, mas não deu certo. Então, estamos aproveitando por aqui mesmo”, relatou.
Apesar do clima de feriado, neste período de Carnaval, diversas lojas e ambulantes atuaram normalmente com as suas atividades no comércio ontem. Também era possível observar movimento de consumidores tanto nas ruas do centro comercial quanto no entorno da feira do Complexo Ver-o-Peso.
Dentre os trabalhadores que não folgaram na segunda-feira estava o vendedor Iago Sousa, 24 anos, que trabalha em uma loja de confecções masculinas na travessa Padre Eutíquio. “Esse Carnaval vai ser só trabalho. Não vou viajar. O movimento está bom. Já vendemos hoje. Mas está sendo bem diferente de um dia normal, porque as vendas caem bastante”.
