Uma área que deveria servir de passagem tranquila para pacientes e trabalhadores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Nova II, em Ananindeua, tem se transformado em um cenário de abandono e incômodo. Na rua lateral à unidade de saúde, conhecida localmente como Passarela Um, o que mais chama atenção é o amontoado de lixo que se espalha pela calçada e invade parte da via, dificultando a circulação e provocando mau cheiro. Isopor, caixa d’água, telhas, pneus, galhos de árvore e outros diversos itens são encontrados no local.
Além da lateral da UPA, o problema se repete em vários outros pontos de Ananindeua, como em frentes de escolas e esquinas movimentadas, constatados pelo DIÁRIO na manhã desta terça-feira (22). Motorista de aplicativo, Daniel Andrey, 28 anos, esperava por corrida na Passarela Um, e relata que o problema já é antigo. “Aí tem cachorro, espalha o lixo. A situação fica ainda pior”, disse.
Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.
“A coleta tem dia certo, mas o carro às vezes não passa. Já fica pra outra semana e vai acumulando. Eu moro em Águas Lindas. Já não passou essa semana, nem sexta-feira. Ontem à noite cheguei em casa e tinha lixo espalhado lá na frente da rua”, contou sobre o problema que abrange o município.
Segundo ele, a situação se arrasta há pelo menos quatro anos. “O maior defeito mesmo é a coleta, que não é feita. Não é regular. Lixo todo mundo tem em casa todo dia, não tem como guardar. A gente coloca na rua esperando o caminhão, só que não vem e gera todo esse tumulto aí”, pontuou.
Problemas Recorrentes de Lixo em Ananindeua
Além da lateral da UPA, outro ponto é em frente à Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Maria Araújo de Figueiredo, na travessa SN 18, no bairro Coqueiro. No local, o que deveria ser calçada tem lixo espalhado e inclui desde resíduos domésticos até entulhos maiores, como base de cama descartada irregularmente. Na travessa WE 35 com a SN Dezenove, Cidade Nova 5, a cena se repete, tornando o ponto um local crônico – inclusive noticiado pelo DIÁRIO há meses e nada é resolvido –; neste, a calçada é tomada por dezenas de pneus e o lixo toma conta de parte da via WE 35.
Já no bairro Icuí-Guajará, na avenida Independência, em frente à rua Soure, restos de comida, sacolas rasgadas e entulho dividem espaço no canteiro central. No local, o mecânico Cleiton Amaral, 42 anos, que trabalha há três anos ali, acredita que o problema, além da consciência de parte da população, é de não haver um local para descartar adequadamente o lixo.
“O acúmulo é muito alto. O povo joga lixo todo dia. Não é desculpa, mas se tivesse um local adequado acho que seria melhor. Assim teria acompanhamento e dava para amenizar a gravidade do lixo hoje em dia”, sugeriu. Ele lembrou ainda: “uns meses atrás tinha até animal morto jogado aí”.