DIVERSÃO

Atrações culturais movimentam o último final de semana de julho no Parque da Cidade

Atividades para todas as idades divertiram públicos de diferentes gerações

Atividades para todas as idades divertiram públicos de diferentes gerações
Atividades para todas as idades divertiram públicos de diferentes gerações

O último final de semana de julho, dias 26 e 27, foi animado no Parque da Cidade, em Belém. Desde a entrega do equipamento no dia 27 de junho, o espaço se tornou um dos maiores pontos de encontro da cidade, voltando-se para o lazer, esporte, cultura e diversão. Todos os finais de semana foram preenchidos com programações culturais diversas, promovidas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). 

No domingo, 27, a primeira apresentação foi de Cleber Cajun, às 17h, com a palhaçaria que encantou a criançada. “Eu trabalho com teatro, artes visuais, digo que sou um ‘trabalhador do sensível’. Gosto de obras poéticas, que remetem à infância. Eu circulo nesse lugar da leveza, da delicadeza”, disse ele.

“Então, apresentar aqui no parque também é uma alegria para mim, porque eu gosto do encontro com as pessoas, com as crianças. E a gente sempre busca novas formas de, digamos assim, encontrar as pessoas por dentro das pessoas, através de um sentimento que une todos. Eu acredito muito na força da beleza, dos afetos”, complementou Cajun. 

Mais tarde, a oficina do boi marronzinho, também comandada por Cajun, trouxe um pouco da cultura popular por meio do artesanato com tintas, fitas e adesivos. “Eu imagino que as crianças podem ser esses novos guardiões da cultura popular. E eu gosto muito disso, eu sou um artista popular”, conclui. 

O engenheiro Paulo de França veio ao parque pela terceira vez junto com a esposa e os dois filhos, que aproveitaram as atividades infantis. “Agora no finalzinho da tarde é mais confortável, então a gente tenta vir nesse horário e eles estão curtindo, acho que é por causa dessa interação também, por conta da apresentação, deles participarem da dança, pintaram os bois”, conta o engenheiro. 

“Eu fiquei olhando a pista de skate e aqui na apresentação, depois o boi que eu fiz aqui, tipo uma mistura de cores, coloquei os adesivos aqui no nariz e nos olhos”, conta Guilherme, de nove anos, o filho mais velho de Paulo de França. 

Por fim, encerrando a programação cultural, o grupo Charme do Choro, encantou o público com um dos mais originais estilos de música brasileira. Uma das fundadoras do grupo composto por cinco mulheres, Camila Alves fala sobre a carreira e a importância de levar o Choro para espaços públicos.

“Nós estamos na estrada já tem um tempo, desde 2006. No nosso começo isso era mais comum, tocando muito em praça, então o Choro tinha essa coisa de tocar no coreto. Aqui é um coreto diferenciado, meio modernoso e eu estava sentindo falta desse tipo de programação. Sempre tocamos assim, perto das pessoas, e isso é legal, é gratificante, a gente vê que, na verdade, o que falta é a oportunidade das pessoas conhecerem o estilo. Muita gente não tem esse acesso tão facilitado, e esse tipo de programação permite isso, que a música chegue pra todo tipo de pessoa, a todas as classes sociais. É realmente muito, muito importante e que isso se perpetue e aconteça cada vez mais”, conta a musicista Camila Alves. 

A assistente social Eluana Matos visitou o parque pela primeira vez e assistiu todas as apresentações. “Estou achando incrível, o ambiente bonito, tudo organizado, muita gente, não esperava tanta gente assim, mas a população belenense está aproveitando bastante. Me surpreendeu porque eu vim pensando que não teria nenhuma atração, aí cheguei aqui, me deparei com o teatro, com a música, com o campeonato de skate, enfim, maravilhoso”. 

“Tudo que aproxima a população no geral, as crianças, para a arte, para cultura, de forma gratuita, é valioso. Você chegar, vir passear, como eu, que não esperava, e se depara com um espetáculo grandioso, cheio de poesia, de filosofia, com certeza é muito bom”, conclui a assistente social Eluana Matos. 

No último sábado, 26, as apresentações foram com o espetáculo cênico “Pará pai d’égua”, e o carimbó com o Grupo Iaçá. Além do grande show de abertura do novo equipamento público, em 27 de junho, com Dona Onete, Arraial do Pavulagem e Zaynara, a Secult promoveu uma extensa programação de atrações culturais para todos os finais de semana de julho no Parque da Cidade. Da dança à música, teatro, palhaçaria, entre outros espetáculos pensados estrategicamente para atender todos os públicos que lotaram o parque neste período.