CRIAÇÃO DE POLO ECONÔMICO

Área para Distrito Industrial de Santarém será desapropriada

Autorização permite a implantação do novo polo industrial, para fortalecimento da economia, com oportunidades de mais empregos e renda.

Nesta terça-feira (22), o Ministério das Cidades vai assinar a contratação da obra de construção da ponte que interliga os bairros Mapiri e Maracanã, em Santarém, no oeste do Pará.
Nesta terça-feira (22), o Ministério das Cidades vai assinar a contratação da obra de construção da ponte que interliga os bairros Mapiri e Maracanã, em Santarém, no oeste do Pará.. Foto: Pedro Guerreiro/Ag. Pará

O governador Helder Barbalho vai assinar, nesta sexta-feira, 18, o ato que desapropria a área destinada à implantação do Distrito Industrial de Santarém, no oeste paraense. A cerimônia do ato será na sede da Associação Comercial e Empresarial de Santarém, um passo decisivo para a construção do polo industrial a ser administrado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec).

O projeto é parceria da Codec, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), prefeitura de Santarém e a Associação Comercial e Empresarial de Santarém. A meta é impulsionar o desenvolvimento econômico e industrial da região, aproveitando as potencialidades e cadeias produtivas locais.

A desapropriação para a criação do Distrito Industrial de Santarém representa um passo crucial para consolidar a cidade como polo econômico regional. O projeto visa atrair indústrias e empresas, gerando empregos e renda, com um investimento de R$ 5 milhões do governo do Estado, destinado a uma área escolhida estrategicamente. O distrito será integrado à logística portuária e às rodovias PA-370 e Santarém-Cuiabá, facilitando o escoamento da produção. A iniciativa atende a uma demanda antiga do setor produtivo, especialmente nos segmentos de agronegócio e pecuária, permitindo o desenvolvimento de indústrias ligadas à soja, milho e outros produtos agrícolas. O governo também oferecerá áreas a preços subsidiados, visando impulsionar o desenvolvimento econômico local e regional, explicou o governador Helder Barbalho. 

O presidente da Companhia destacou o esforço coletivo para que o projeto se efetive: “A Codec, com a Prefeitura e a Associação Comercial, trabalhou para que todo o processo fosse conduzido com transparência e celeridade, atendendo a um desejo antigo do setor produtivo de Santarém e temos certeza que esse é um importante passo para o desenvolvimento industrial local“, concluiu Lutfala Bitar. 

Distrito Industrial de Santarém

O Distrito Industrial de Santarém tem uma área de 175 hectares, localizado em uma vicinal entre a Rodovia BR-163 (Rodovia Santarém-Cuiabá) e a Rodovia PA-370 (Rodovia Santarém-Curuá-Una). Essa área será desapropriada pelo Estado, em favor da Codec, para a construção do empreendimento.

O projeto conceitual do mais novo DI contempla 125 lotes distribuídos em 6 zonas econômicas: indústria, construção civil, bioindústria, mineração não metálica, logística, comércio e serviços, e agroindústria.

A planta do empreendimento prevê espaços administrativos e de convivência, uma rede de 6,5 km de vias, sistema de drenagem, calçadas, ciclovias, faixas de pedestres, canteiros centrais, paisagismo e rede de distribuição de energia elétrica.

Polo econômico

Santarém tem a maior população da região do Baixo Amazonas e é a principal economia local, com um Produto Interno Bruto de R$ 6,3 bilhões (Fapespa-2021). Dados da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) apontam Santarém como a principal produção de castanha-do-Pará do Estado.

O município também tem a terceira produção de soja, milho e extração de madeira, além de ter grande potencial na produção de mandioca, pesca, indústria de transformação, construção civil e logística.

Conforme a Fapespa, o município apresenta uma economia voltada para os setores de serviços e comércio, com grande potencial em bioeconomia. A implantação de um Distrito Industrial é uma medida de política pública para alavancar a industrialização de matérias-primas regionais, uma ação prioritária do governo estadual. Além disso, há a expectativa de que empresas que já atuam em outros pontos da cidade migrem para o Distrito Industrial, onde vão ter um ambiente de negócios com maior infraestrutura, segurança ambiental e jurídica.