
Pará - O Governo do Pará vem ampliando o uso de animais como apoio estratégico nas operações de segurança pública e em atividades sociais. Cães e cavalos da Polícia Militar são treinados para atuar em rondas, policiamento ostensivo, combate ao tráfico de drogas e também em ações sociais, como visitas hospitalares e terapias com foco em reabilitação motora e neurológica.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), o uso de cães e equinos tem mostrado resultados positivos tanto na prevenção da violência quanto na promoção da cidadania. “Esses animais são aliados fundamentais. Os cães auxiliam na localização de drogas e pessoas, enquanto a cavalaria é essencial em grandes eventos e no controle de distúrbios.
Também temos investido no uso terapêutico, como a equoterapia. Tudo isso reforça nosso compromisso com a segurança e o bem-estar da população”, destacou o secretário Ualame Machado.
Cães: do faro de drogas à visita em hospitais
No Batalhão de Ações com Cães (BAC), da Polícia Militar, os cães passam por adestramento intensivo para atuar em diferentes frentes, como detecção de entorpecentes, explosivos, buscas e missões de guarda e proteção. Alguns são preparados para ações sociais, com visitas a hospitais e interação com o público em geral.
“O perfil de cada animal é avaliado para que sejam direcionados à função mais adequada. Cães mais dóceis, por exemplo, são treinados para conviver com crianças e adultos em tratamento médico. Já os mais atentos e ágeis são preparados para ações ostensivas”, explicou o tenente-coronel Salazar, comandante do BAC.
Esses cães também atuam com o Bope e nas bases fluviais da PM, sempre com treinamento contínuo, acompanhamento veterinário e especialização por área de atuação.
Cavalaria: policiamento e terapia com cavalos
A Polícia Militar também conta com o Regimento de Polícia Montada (RPMont), cuja atuação é voltada para patrulhamento em áreas de difícil acesso, eventos esportivos e manifestações. Os cavalos são treinados para garantir a segurança pública em locais com grande concentração de pessoas.
“Nossos equinos recebem cuidados rigorosos, com atenção à saúde, alimentação e descanso. A relação diária entre o animal e o policial fortalece o vínculo e melhora o desempenho durante as missões”, afirmou a tenente-coronel Mardonia Alves, diretora do Centro de Reabilitação dos Equinos.
Além das operações de rua, cavalos do RPMont atuam no Centro Interdisciplinar de Equoterapia (Ciec), em Belém. O espaço oferece atendimento a crianças e adultos com deficiência, utilizando os cavalos como parte de terapias voltadas ao desenvolvimento motor, neurológico e social.
Os animais são selecionados com base em critérios como temperamento calmo e porte físico adequado. Eles passam por treinamento específico para manter o comportamento tranquilo mesmo em ambientes com ruídos e estímulos variados.
“O cavalo terapeuta precisa estar emocionalmente equilibrado para garantir a segurança dos pacientes. Ele é tratado como parte essencial do processo terapêutico, com estímulos diários, manejo adequado e acompanhamento constante do militar responsável”, completou a diretora.