O drama do lixo continua na rua Rafael Barbosa, no bairro do Distrito Industrial, em Ananindeua. Além do acúmulo de lixo na esquina, que obstrui boa parte da via com a presença de vasos sanitários, sofás velhos, pedaços de madeiras, restos de comida e lixo doméstico, os moradores da área têm que conviver com o mau cheiro e a infestação de moscas.
Moradora do bairro há 25 anos, a residência da dona de casa Cléo Souza, de 54 anos, fica de frente para o terreno que é utilizado como ponto de descarte irregular de lixo. Segundo ela, desde outubro a situação vem piorando e nada é feito para solucionar o impasse.
“Passamos o Natal e Ano Novo assim, cheio de urubu aí, porque também descartam miúdos de frango da feira. As pessoas pagam os carroceiros para jogar lixo no local”, afirma.
Ainda de acordo com a moradora, há tempos ela vem denunciando o descaso com a coleta de lixo e entulho e comenta que com as chuvas, a situação tende a piorar. “Além do lixo, também tem esse matagal crescendo, isso gera insegurança, fica propício para assaltos, é muito preocupante. Só limparam aí um dia antes da eleição do ano passado. A coleta domiciliar não passa faz uma semana, estamos todos com os lixos pendurados em frente às casas”, comentou.
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Outro morador antigo do bairro, Rodinel Miranda, de 70 anos, também reclama do mau cheiro e chama a atenção para as ameaças que os moradores que resolvem reclamar, recebem de carroceiros que descartam irregularmente o lixo no local. “Todos se eximem da responsabilidade, o dono do terreno, o município, e nós aqui, no meio do mato e da sujeira. Eles devem estar bem, num condomínio fechado. Ainda temos que lidar com os carroceiros ameaçando, puxando terçado”, destaca.
A reportagem solicitou um posicionamento da Prefeitura de Ananindeua sobre a situação, mas não houve retorno.
