Ana Laura Costa
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), divulgou ontem um novo aviso prolongando o alerta vermelho para onda de calor, até sexta-feira (17). O “alerta de grande perigo” em função das altas temperaturas abrange 15 Estados, incluindo o Pará, além do Distrito Federal.
O meteorologista da Seção de Previsão do Tempo do Inmet, José Raimundo Abreu, afirmou que, na Região Metropolitana de Belém, dias sem ocorrência de chuva devem persistir até a próxima sexta-feira.
“Se ocorrer alguma pancada de chuva, é de curta duração e em áreas isoladas. O que deve predominar mesmo são as altas temperaturas, que estão variando devido à incidência dos raios solares. As temperaturas aqui, na Região Metropolitana, vão variar entre 34 °C a 35 °C , podendo chegar a 36 °C até o final da semana”, disse.
Ainda de acordo com Abreu, os impactos das altas temperaturas podem perpassar pelo estresse animal, podendo causar a morte de frangos e cavalos, por exemplo, sujeitos e expostos à radiação solar. Nas pessoas, problemas respiratórios são mais comuns por conta dos dias sem chuva, o que ocasiona uma maior concentração de poluentes na atmosfera.
As regiões Sul e Sudeste do Estado também devem ser castigadas com o clima seco.
“A maior parte do Estado está com redução de chuvas com estiagem. Já era para ter começado as chuvas no sul do Pará, mas mesmo que tenham ocorrido algumas pancadas de chuva, os períodos secos estão predominando. Na região de Santarém não vai ter chuva, esse mês ainda vai continuar seco. Eu diria que a região de Santarém não vai ter chuva pelos próximos cinco dias”, destacou.
QUENTE!
Nos pontos de ônibus das principais vias da capital, os populares se protegem como podem. O ambulante Antônio de Souza Silva, de 59 anos, que trabalha numa barraquinha na avenida Júlio César com a avenida Almirante Barroso, comenta que tem tomado 4 litros de água todos os dias.
“Está muito quente! Tenho bebido mais água por conta disso. As pessoas estão comprando mais água também, tenho percebido isso. Mas a gente tem que se proteger como pode, se hidratando, usando roupas mais leves…Olha, eu nunca tinha sentido um calor desses, trabalho há 35 anos nas ruas, mas a tendência é só piorar mesmo né?”, comentou.
Já a empregada doméstica Socorro Marinho diz que seu refúgio também está na hidratação. “Bebi muita água em casa, antes de sair. Também bebo muita água no meu trabalho, é assim que vou me protegendo. As noites têm sido difíceis… bora ver como vai ser essa semana”, ressaltou.