A Agropalma, maior produtora de óleo de palma sustentável das Américas, publica seu Relatório de Sustentabilidade, que traz as principais ações realizadas pela companhia em 2020 e 2021, período em que a empresa teve de se adaptar a uma série de mudanças impostas pela pandemia. Beny Fiterman, presidente da Agropalma, destaca que a companhia adotou uma visão estratégica para expandir e consolidar seus negócios. “A Agropalma elevou seu compromisso com os mais altos modelos de transparência e responsabilidade. A empresa adotou um plano de reestruturação corporativa, apresentou um novo portfólio de produtos diversificado e uma nova identidade visual, com o lançamento da nova marca da companhia”, explica Fiterman.
CONQUISTAS RELEVANTES
Nos últimos dois anos, a Agropalma obteve conquistas importantes, com destaque para o aumento da taxa de extração de óleo de palma bruto, que em 2020 era de 18,68% e passou para 18,87% em 2021.
A reintrodução da coleta de frutos soltos também foi adotada e tem alto teor de óleo, o que contribui para elevar as taxas de extração. Outros ganhos relevantes foram a redução de quase 27% de 2020 a 2021 no consumo de água nas operações de extração e uma melhoria na equidade de gênero da empresa, incluindo a alta administração. Em 2020, a companhia tinha 696 mulheres entre seus colaboradores. No ano de 2021, o número aumentou para 1122.
Na área da educação, dos 21 alunos que se formaram na Escola Agropalma e tentaram ingressar em universidades, 10 foram aprovados.
DE OLHO NO FUTURO
A Agropalma desenvolveu um programa de parceria com fornecedores de cacho de fruto fresco de palma (CFF), para aumentar sua base de fornecimento. As seis indústrias de extração da empresa processam 785 mil toneladas de cacho de fruto fresco (CFF) por ano. Desse total, 23,5% vêm de fontes externas: 5,9% são de agricultores familiares; 16,2%, de produtores integrados; e o 1,4% restante, de CFF externo de uma empresa vizinha, com cerca de 40 mil hectares de palma. A companhia iniciou um novo programa de melhores práticas de manejo, para alcançar a produtividade média de 23 toneladas por hectare, até 2025; e de 25 toneladas por hectare até 2028.
A Agropalma pretende reativar a produção de biodiesel e expandir sua plantação orgânica apoiada por um sistema de compostagem. O projeto de compostagem, criado com base no conceito de bieoeconomia circular, utilizará os subprodutos da extração do óleo de palma para transformá-los em adubo orgânico de alta qualidade. Outro projeto inovador da empresa é a clonagem de mudas, que seleciona as melhores variedades de palma para produção das próprias mudas, o que vai gerar maior produtividade a médio e a longo prazo. A companhia está investindo na expansão da refinaria de Belém, o que resultou no aumento da quantidade e diversidade de produtos. Em 2023, deverá entrar em operação um novo sistema de prensagem de cacho vazio, com o objetivo de aumentar o desempenho industrial da empresa. Pesquisa e inovação
A Agropalma tem clientes globais que atuam principalmente nos setores alimentício e de cosméticos. Para atender aos mais altos padrões de qualidade exigidos, a companhia investiu no seu portfólio de produtos e está sempre em busca de soluções premium, que atendam às expectativas dos clientes. Nos últimos três anos, a Agropalma desenvolveu 41 produtos de alto valor agregado. A companhia ampliou o foco no controle de qualidade, instalou equipamentos para análise e detecção de contaminantes, como 3-MCPD e GE, o que permite reagir muito mais rapidamente.
PROCESSOS INDUSTRIAIS
A Agropalma opera com seis indústrias de extração e adotou medidas para tornar sua produção mais sustentável. Um avançado tratamento de efluentes foi incorporado ao modelo da nova indústria extratora, cujo sistema tem dois biorreatores preparados para captura de metano. A companhia prevê concluir a implementação desse sistema de captação de metano nesta e em outras três indústrias extratoras até 2025, para garantir que as emissões de efluentes da produção de óleo de palma (pome, na sigla em inglês) sejam amplamente reduzidas. Para tanto, a Agropalma iniciou um processo de revisão de potenciais parceiros e soluções.
PRESERVAÇÃO
Uma das prioridades da Agropalma é garantir a preservação das florestas. A companhia possui 107 mil hectares onde estão situadas suas fazendas, em Tailândia (PA). Deste total, 64 mil hectares correspondem às reservas florestais preservadas pela Agropalma. Há mais de 15 anos, a empresa firmou parceria com a ONG Conservação Internacional (CI). Ambas conseguiram realizar um importante trabalho de preservação ambiental. Foi possível registrar 1.029 espécies da fauna brasileira nas reservas florestais da Agropalma, das quais 40 estão ameaçadas de extinção e 11 são endêmicas do Centro de Endemismo Belém (CEB).
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Em parceria com Biofílica Ambipar, a companhia iniciou em 2021 o REDD+ Agropalma, um projeto de créditos de carbono cujo os recursos gerados irão somar aos investimentos já existentes, que visam mitigar as mudanças climáticas, reduzir emissões de gases de efeito estufa (causados pelo desmatamento e pela degradação florestal) e, principalmente, o desenvolvimento socioeconômico e sustentável das comunidades locais.
Em 2016, a empresa inaugurou a refinaria em Limeira (SP), que funciona com gás natural, produz menos emissões de carbono, lança menos poluentes na atmosfera. Para reduzir a energia, a Agropalma construiu vias de acesso com iluminação movida a energia solar e lançou um programa de reflorestamento que restaurou 2,5 hectares de Mata Atlântica. Para este programa, a companhia atua em conjunto com especialistas em restauração florestal para garantir o máximo de êxito. Atualmente as árvores já estão mais altas e robustas, algumas com até dez metros de altura, e em consequência foi registrado o aumento da presença de animais silvestres, como raposas, onças pardas, tucanos, ouriços, porcos-espinhos e capivaras.
COLABORADORES
Uma das prioridades da companhia durante o auge da pandemia foi garantir um ambiente de trabalho saudável e seguro para todos. A empresa adotou medidas para que os colaboradores utilizassem a máscara, respeitassem o distanciamento social e passassem a ter os cuidados de higiene como por exemplo, a utilização do álcool gel. A Agropalma fez campanhas internas incentivando seus colaboradores a tomarem as vacinas para se protegerem. Os resultados foram positivos e a companhia não registrou surtos internos da Covid-19. As medidas de mitigação foram consideradas um exemplo positivo para empresas no estado do Pará.
Em 2021, a Agropalma tinha mais de 6000 colaboradores. A companhia tem promovido a integração de mulheres na força de trabalho e realizado iniciativas de treinamento em operação de maquinários para as colaboradoras. Os resultados são promissores: no início de 2022, a empresa tinha 17 operadoras de tratores, quatro operadoras de empilhadeira e uma motorista – cargos que são tradicionalmente ocupados por homens.
No início de 2022, a Agropalma lançou um programa piloto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para fornecer treinamento a 30 mulheres na operação de tratores, empilhadeiras, escavadeiras e caminhões. Cada funcionária foi acompanhada por um profissional experiente para ajudá-la a se adaptar e a alcançar excelência em sua nova função. Em 2023, a empresa pretende manter a parceria com o SENAI e aumentar o treinamento para incluir 250 mulheres.
A companhia respeita a inclusão social e destina de 5% de suas vagas para colaboradores que tenham algum tipo de deficiência. A Agropalma é a única empresa do setor de óleo de palma a ter alcançado esse marco. A Agropalma também destaca que nos últimos cinco anos ocorreu uma redução significativa nos acidentes de trabalho.
PARCEIROS
A Agropalma é pioneira no programa de agricultura familiar com palma. Iniciado em 2002, o projeto, que começou com 50 famílias, hoje tem mais de 200, que saíram da situação de vulnerabilidade financeira para um trabalho garantido e sustentável. A companhia oferece treinamento, suporte e garante a compra de toda a produção desses agricultores, todos certificados pelo RSPO. A empresa também conta com mais de 40 produtores integrados, que cultivam o dendê e vendem sua produção para a companhia.
ESCOLA
Em 1986, a companhia inaugurou a Escola Agropalma, direcionada aos filhos de seus colaboradores. A escola atua de forma alinhada aos princípios educacionais estabelecidos pela Secretaria Municipal de Educação de Tailândia, onde está instalada. Equipada com laboratórios de ciências e computação, fornece uma experiência de aprendizado qualificado. Sua prioridade é garantir que os alunos tenham acesso e possam concluir uma educação básica de qualidade. Devido à pandemia, em 2020 e 2021, as atividades em sala de aula foram suspensas, e os 450 alunos passaram a estudar em casa, on-line. Apesar dos desafios, os formandos continuaram a apresentar excelente desempenho.