'EXIGÊNCIAS ABUSIVAS'

Agências de Publicidade pedem anulação de licitação do Banco da Amazônia

Entenda a denúncia do Sinapro-PA sobre irregularidades na licitação do Banco da Amazônia para serviços publicitários.

Agências de Publicidade pedem anulação de licitação do Banco da Amazônia Agências de Publicidade pedem anulação de licitação do Banco da Amazônia Agências de Publicidade pedem anulação de licitação do Banco da Amazônia Agências de Publicidade pedem anulação de licitação do Banco da Amazônia
O caso da licitação do Banco da Amazônia destaca a importância de seguir rigorosamente as normas legais para garantir a transparência e a competitividade no mercado publicitário.
O caso da licitação do Banco da Amazônia destaca a importância de seguir rigorosamente as normas legais para garantir a transparência e a competitividade no mercado publicitário. .

O Sindicato das Agências de Propaganda do Estado do Pará (Sinapro-PA) entrou com uma denúncia no Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a anulação do processo de licitação do Banco da Amazônia para contratação de serviços publicitários. Segundo o sindicato, a licitação apresenta exigências abusivas e erros que violam a legislação, especificamente a Lei Federal 12.232/2010, que regulamenta as normas gerais para contratações públicas no setor de publicidade.

Denúncia no TCU contra o Banco da Amazônia

De acordo com o Sinapro-PA, o edital impôs requisitos que restringem a participação de agências locais e nacionais, como a exigência de comprovação de execução de R$ 20 milhões anuais por cliente. Essa cláusula foi considerada desproporcional e prejudicial à concorrência justa. O advogado do sindicato, Galeno Brasil, explicou que a medida coloca em segundo plano a criatividade e a capacidade técnica das agências, beneficiando empresas com maior volume financeiro.

Além disso, o sindicato identificou um erro grave no processo: a abertura prematura de envelopes que continham informações sigilosas antes do momento previsto na legislação. Esse erro compromete a lisura do processo e envolve a empresa que acabou vencendo a licitação, levantando suspeitas de irregularidade.

Erro na licitação do Banco da Amazônia pode levar à anulação

A legislação exige que o envelope número 1, que contém o plano de comunicação sem identificação, permaneça anônimo até a segunda fase do processo. No entanto, o envelope número 2, que revela a autoria do plano, foi aberto durante a primeira sessão pela comissão licitatória. Esse erro, registrado em ata, fere as normas legais e pode anular o certame, conforme explica Galeno Brasil.

“A abertura prematura compromete a transparência e gera nulidade do processo. Além disso, a empresa favorecida foi justamente a vencedora, o que requer investigação sobre a responsabilidade do ocorrido”, afirma o advogado.

Sinapro-PA repudia restrições e irregularidades

O Sinapro-PA divulgou uma nota de repúdio contra o Banco da Amazônia nesta quinta-feira, 5 de dezembro, ressaltando que a licitação desrespeita a legislação e impõe barreiras desproporcionais ao mercado publicitário. Segundo o sindicato, o objetivo é proteger os interesses do setor e evitar práticas restritivas em futuras licitações.

Próximos passos do caso no TCU

A denúncia já está em fase de instrução no TCU. Após análise, o caso será encaminhado ao Ministério Público da União (MPU) e, posteriormente, à corte para julgamento.

O que diz o Banco da Amazônia

Através de nota, o Banco da Amazônia informou que “em todos os seus processos licitatórios aplica as boas práticas de mercado e que o procedimento de licitação 2024/02, atende às legislações vigentes aplicadas para a o objeto do contrato”.

Ainda segundo a nota, “a seleção de fornecedores e prestadores de serviços é realizada com imparcialidade, transparência e preservação da qualidade e viabilidade econômica dos serviços prestados e dos produtos fornecidos, observados os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência dos atos administrativos”.