CONDENAÇÃO

Advogado que atuava como 'pombo-correio' de facção no Pará é condenado

O réu foi condenado a 31 anos e oito meses de reclusão e 2300 dias-multa, sem direito a recorrer em liberdade

O réu foi condenado a 31 anos e oito meses de reclusão e 2300 dias-multa, sem direito a recorrer em liberdade
O réu foi condenado a 31 anos e oito meses de reclusão e 2300 dias-multa, sem direito a recorrer em liberdade

A Vara de Combate ao Crime Organizado de Belém proferiu na última quarta-feira, 21, sentença relevante em um caso envolvendo a comunicação entre membros da facção criminosa Comando Vermelho no Pará. A sentença revelou o uso de dispositivos eletrônicos por parte de um advogado, o réu Linaldo Cardoso da Costa, que transmitia mensagens entre membros da organização, incluindo aqueles presos, e os que estavam em liberdade, os chamados “pombos-correios”.

O réu foi condenado a 31 anos e oito meses de reclusão e 2300 dias-multa, sem direito a recorrer em liberdade, por diversos crimes ligados ao tráfico de drogas e por integrar organização criminosa. A investigação, conduzida com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), reuniu provas para comprovar o envolvimento do advogado na facilitação da comunicação entre os membros da facção. Através da análise de dados extraídos de aparelhos eletrônicos apreendidos, as autoridades conseguiram desarticular uma parte das operações da organização.

O caso ilustrou a complexidade do combate ao crime organizado, onde a tecnologia é utilizada para manter as operações criminosas ativas, mesmo com líderes presos. A sentença reafirmou a importância do cumprimento da lei e da ética profissional, especialmente no contexto da advocacia, ao lidar com organizações criminosas.