Pará

ADEPARÁ conclui estudo: Ausência da circulação do vírus da febre aftosa

Foto: Reprodução/Ag. Pará
Foto: Reprodução/Ag. Pará

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) concluiu, no início de abril, a vistoria, inspeção clínica e coleta de amostras de sangue de bovinos para o estudo soro epidemiológico para constatar a ausência de circulação viral da febre aftosa para o processo de validação e alcance do novo status sanitário.

As coletas foram realizadas em 102 propriedades rurais, de 55 municípios paraenses localizados no sul e oeste do Estado. A seleção das propriedades foi feita de forma aleatória e com base no risco que podem representar para a reintrodução da doença no território paraense.

Foram coletadas amostras de sangue de aproximadamente 3 mil bovinos, com até 24 meses. Nas propriedades, além das coletas de sangue para testes laboratoriais, os animais foram clinicamente inspecionados e identificados com a colocação de brinco bovino, ferramenta que ajuda no controle do rebanho.

Nesta semana, as últimas amostras coletadas para o estudo chegaram a Belém e passam pelo processo de triagem para serem encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no Pará.

“Nós estamos fazendo a triagem das amostras colhidas para posterior envio ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Belém para realização dos testes laboratoriais”, disse o médico veterinário Glaucio Galindo, fiscal agropecuário da Adepará e coordenador do estudo no Estado.

O diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, parabenizou produtores rurais das propriedades selecionadas, que contribuíram com o estudo.

“Agradeço e parabenizo os produtores rurais porque fazem todo esse trabalho e é muito bonito, principalmente ver que estão unidos e fortes, buscando sempre a qualidade da sua produção e do seu rebanho. Dentre os tópicos para avançar como zona livre de aftosa sem vacina, foi preciso fazer o inquérito sorológico e nós concluímos em tempo recorde a coleta de amostras, em apenas 10 dias, e parabenizo também a equipe da Adepará pelo trabalho. É mais um passo porque daqui há um ano nós vamos festejar a zona livre com reconhecimento internacional porque isso reduz o custo com vacina e possibilita a abertura de mercados mais exigentes como europeu, coreano, chileno, norte-americano, entre outros”, ressalta Jamir Macedo, diretor-geral da Adepará.

No Pará, as coletas de campo iniciaram no dia 20 de março. A estrutura do estudo no território paraense compreende uma coordenação central, 15 coordenadorias regionais e 26 equipes de campo. Antes do tempo previsto para o encerramento das ações, mais de 60% das atividades de campo referentes à primeira coleta de amostras e vistorias de rebanhos já haviam sido finalizadas.

O reconhecimento internacional de zona livre de aftosa sem vacinação deve ser alcançado em 2025, após a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) avaliar o pleito da suspensão da vacina, que está sendo construído e que incluem ações como sorologia, vigilâncias e uma série de documentos que estão sendo elaborados tanto pela Adepará quanto pelo Mapa para compor o pedido para a OMSA.