Pará

Adepará captura morcegos responsáveis pela raiva animal

Essas infecções podem ter origem bacteriana, viral ou parasitária, e sua transmissão acontece tanto por contato direto, quanto indireto
Essas infecções podem ter origem bacteriana, viral ou parasitária, e sua transmissão acontece tanto por contato direto, quanto indireto

Para garantir a segurança quanto a saúde da população, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepara), através do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros, atua nos 144 municípios paraenses, atendeu as cidades de Quatipuru, na região de integração do Rio Caeté, e também em Oriximiná, na região de Integração do Tapajós, com ações de monitoramento e captura de morcegos hematófagos, espécie que se alimenta de sangue.

Conduzido pela gerência do programa, a ação contou com equipes de técnicos das regionais da Adepara em Capanema e Oriximiná, que foram treinados para realizar a vigilância epidemiológica e garantir o controle da espécie transmissora da raiva dos herbívoros nessas regiões.

No município de Quatipuru, o trabalho de monitoramento e captura dos animais ocorreu em seis propriedades localizadas na zona rural. As espécies agrediram bubalinos, bovinos e suínos. Nelas, profissionais constataram a existência de abrigos de morcegos e instalaram redes para capturar os animais.

Já em Oriximiná, cinco propriedades rurais foram inspecionadas e nelas também houve captura de morcegos hematófagos.

Raiva dos Herbívoros

A raiva dos herbívoros é uma doença viral que atinge os mamíferos, incluindo o homem, e ataca o sistema nervoso dos animais. No Brasil, o principal transmissor é o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus. O animal se alimenta de sangue e suas fontes de alimentação abundantes são os pólos produtivos animais.

De acordo com o gerente do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros, o médico veterinário Glaucio Galindo, a vacinação do rebanho é indispensável contra a raiva em 50 municípios do Pará, que integram as regionais da Adepara em Abaetetuba, Castanhal, Capanema e Capitão Poço. “A vacinação contra a raiva é obrigatória desde 2022 nesses 50 municípios, devido à recorrência de focos em algumas regiões do estado. O produtor deve estar com a vacinação do seu rebanho bovino, bubalino, caprino, ovino e equídeo em dia”, ressaltou Glaucio.

A próxima atividade de campo do programa está prevista para dezembro deste ano na cidade de Juruti, no oeste do Estado.

Prevenção à doença

No ano de 2022, mais de 10 milhões de animais já foram vacinados contra a doença no Pará, através do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros, responsável pelas atividades de investigação de doenças neurológicas, que é o foco do programa, a raiva dos herbívoros.

O trabalho é realizado por 20 equipes da Adepara, todas aptas a captura de morcegos quando são identificados os focos. Atualmente, cada regional possui uma equipe treinada e equipada para realizar as ações. Caso haja a confirmação da doença, a Agência faz a busca ativa de novos casos e informa os criadores locais em um raio de até 12 km da propriedade, além de realizar ações de educação sanitária.

Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros

O PECRH tem como objetivo a excelência no controle da raiva, contribuindo com o crescimento da pecuária, reduzindo os prejuízos econômicos e colaborando com a saúde pública, através do controle da doença, controle de morcegos hematófagos e a educação sanitária. Objetivo este que é alcançado por meio da vacinação estratégica de espécies susceptíveis e também do controle populacional de seu principal transmissor, o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus. Além disso, são associadas outras medidas profiláticas e de vigilância.

Serviço: O Programa estadual de Controle da Raiva dos herbívoros pode ser contactado pelo email: [email protected] ou pelo telefone: (91) 99392-4837