Os Hospitais Universitários Bettina Ferro de Souza (HUBFS) e João de Barros Barreto (HUJBB), integrantes do Complexo Hospitalar Universitário da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA), realizaram no último sábado (13) uma ação concentrada para agilizar o acesso dos pacientes a procedimentos e consultas por meio do Ebserh em Ação – Agora Tem Especialistas.
A superintendente do CHU-UFPA, Regina Feio Barroso, explica que a ação é um compromisso com a saúde pública para contribuir na diminuição do tempo de espera para atendimento no SUS. “Tem paciente que está há dois anos aguardando para fazer uma cirurgia. Nesta ação fizemos desde exames mais simples, como exames de laboratório, até exames extremamente complexos, além de cirurgias. A proposta é fazer com que o nosso paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) seja bem atendido nas suas necessidades.”
A mobilização nacional ocorreu simultaneamente nos 45 hospitais universitários administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), com expectativa de cerca de 20 mil procedimentos em todo o país, incluindo consultas, exames e cirurgias. Diferentemente de um mutirão de portas abertas, a ação no CHU-UFPA é voltada exclusivamente para pacientes que já estavam na lista de espera do hospital e que foram previamente agendados pela equipe assistencial responsável.
“Nós vamos neste sábado (13) fazer no Brasil inteiro cerca de 2 mil cirurgias, lembrando que os hospitais universitários tratam principalmente de alta complexidade. Isso faz parte do mutirão que acompanha o programa Agora Tem Especialista”, ressalta Lena Peres, assessora de gabinete da Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, sobre o programa do Governo Federal que tem como principal objetivo reduzir o tempo de espera por atendimentos no SUS.
No Bettina Ferro estavam previstos cerca de 600 exames, entre os quais audiometrias infantis e videolaringoscopias. Também foram realizadas aproximadamente 150 consultas em otorrinolaringologia e oftalmologia, além de cirurgias, incluindo injeções intravítreas e implante coclear.
Já no Barros Barreto foram realizadas tomografias computadorizadas com contraste, ressonâncias magnéticas com contraste, ultrassonografias e ecocardiograma, além de cirurgias para retirada de hérnias, punções de tireóide, biópsias de cabeça e pescoço também foram realizada. Ao todo, cerca de 350 atendimentos foram realizados no hospital.
O Ministro das Cidades, Jader Filho, acompanhou a ação de saúde no Barros Barreto e ressaltou a importância dos hospitais universitários para reduzir a espera dos pacientes por exames e cirurgias. “Nós precisamos estar unidos a nível do governo federal, estadual e das prefeituras para que possamos fazer um atendimento melhor para a sociedade. Vamos continuar avançando com ações concretas que dão respostas à população brasileira.”
Há dois anos na espera pela cirurgia para tratar uma hérnia inguinal, o autônomo Jaime Alves, 63, está aliviado por ter sido atendido na ação do último sábado no Barros Barreto. No local, realizou exames de raio-x, eletrocardiograma e hemograma para dar início ao pré-operatório. “Eu lembro quando senti dor, mas só foi detectada a hérnia na segunda ultrassonografia. Desde então eu estava apreensivo com a espera para ser atendido”, frisa o autônomo.