O tacacá, símbolo da culinária paraense, ganhou ainda mais destaque com a realização do 5º Festival das Tacacazeiras, que finalizou na noite de ontem (15), reunindo mais de 4 mil visitantes ao longo de três dias de evento no Boulevard da Gastronomia, em Belém. Mais que um simples encontro de apreciadores da iguaria, o festival celebra a herança cultural no estado, unindo tradição, música e arte.
A presidente da Associação das Tacacazeiras e Comidas Típicas (Astacom), Ivonete Pantoja, 51 anos, diz que o festival é um momento de reconhecimento das tacacazeiras como guardiãs de tradição. Ela conta que, apenas ao longo dos primeiros dois dias, o evento contou com uma quantidade significativa do público, o que demonstra que, conforme Pantoja, “o tacacá não é apenas uma comida, é uma história, é o que mantém viva a nossa cultura. Com o festival, conseguimos mostrar ao público que essa tradição vai além de uma simples refeição. É parte de quem somos”, afirmou.
PRATOS
Ao longo do evento, os visitantes não só saborearam o famoso tacacá, como também tiveram a oportunidade de experimentar outros pratos típicos da culinária paraense, como vatapá, caruru, maniçoba e arroz com galinha. Neide Sobrinho, de 40 anos, tacacazeira e vice-presidente da Astacom, reforçou o papel do festival como espaço de valorização das tradições culinárias do estado.
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“Nosso objetivo é perpetuar esses sabores e mostrar que a comida paraense é patrimônio, assim como o tacacá é o nosso orgulho. O evento é sobre o tacacá e, parando de contar, só dessa iguaria são mais de 100 cuias vendidas”, pontuou.
Para o público, o festival foi uma oportunidade de saborear a culinária que tanto representa a identidade paraense. A professora Lucélia Barbosa, 30, que saiu do bairro da Cremação para aproveitar a noite na companhia das amigas Mônica Gonçalves, 35, e Solange Aleixo, 27, pôde garantir além de uma conversa com as amigas, celebrar a cultura local.
“Vejo como uma chance de reviver memórias e compartilhar a nossa cultura com quem não é daqui. Vim, já pedi uma pizza, mas não abro mão do meu tacacá com bastante jambu”, compartilha Lucélia. “Em primeiro lugar, amo um bom vatapá, e depois um tacacá. Qualquer oportunidade que tenho, estou em busca”, acrescentou Mônica.
O festival contou com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Sebrae e outras entidades. A programação foi enriquecida por apresentações culturais e musicais, com artistas como DJs, a cantora Ana Chagas, o grupo Mistura Regional, e Banda Kalango Pop.
