Círio de Nazaré

300 mil fiéis participam do Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Marabá

Procissão em Marabá levou o tempo de quatro horas, saindo da Catedral Diocesana às 7h e chegando ao Santuário de Nazaré às 11h. Coordenação se surpreendeu com a quantidade de fiéis neste domingo (15). Foto: Drone RBA
Procissão em Marabá levou o tempo de quatro horas, saindo da Catedral Diocesana às 7h e chegando ao Santuário de Nazaré às 11h. Coordenação se surpreendeu com a quantidade de fiéis neste domingo (15). Foto: Drone RBA

Michel Garcia

Da Sucursal de Marabá

Cerca de 300 mil pessoas participaram da grande procissão do 43º Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Marabá no sudeste paraense neste domingo (15). A estimativa foi confirmada pelo 5º Grupamento Bombeiro Militar no município, por meio do Coronel Valtencir da Silva Pinheiro. Além do grande número de fiéis participantes da procissão, esta procissão de domingo foi uma das mais rápidas, começando por volta das 7h e chegando ao seu destino, o Santuário de Nazaré na Folha 16 às 11h, um total de quatro horas percorrendo os 7,5 quilômetros da romaria.

Apesar do tempo amanhecer parcialmente nublado em Marabá, o tempo foi abrindo e a temperatura subiu chegando a 32 graus por volta das 11h. Coordenação se surpreendeu com a quantidade de fiéis neste domingo (15), eram esperadas 200 mil pessoas.

“Fizemos muitas coisas e Nossa Senhora nos presenteou com o maior número de pessoas neste Círio”, declarou o bispo Dom Vital Corbellini, na missa de chegada da procissão, que saiu em frente à Catedral Diocesana na Marabá Pioneira.

Como é tradicional, um dos pontos altos da procissão foi a homenagem feita no local conhecido como “bambuzal”, no percurso entre a Marabá Pioneira e o trevo que liga os dois outros núcleos de Marabá, a Cidade Nova e a Nova Marabá. Neste local, todos os que estão na procissão param, se ajoelham e rezam por alguns minutos, em um momento de muita emoção.

 “Nossa Senhora é aquela que recolhe todos os nossos pedidos e os leva até Jesus”, disse o padre Ademir Gramelik, durante este momento. “Muitas vezes não amamos a Deus sobre todas as coisas, então busquemos crescer, meditando na palavra de Deus”, disse.

Este ano, a coordenação do Círio realizou uma organização para que a corda ficasse mais próximo, e ao redor da berlinda, como disse Leidiane Sousa. “Trabalhamos para que o Círio tenha mais proximidade com o povo de Deus, então esse ano, a população, os romeiros estão mais perto ainda da corda e foi esse o nosso objetivo, estender a corda para que os próprios promesseiros pudessem estender a corda”, enfatizou.

Diferente do que acontece no Círio em Belém, os romeiros não têm o costume de cortar a corda. “Pelo contrário, assim que acaba o Círio os próprios promesseiros que vão à corda nos ajudam a guardá-la para que possamos usar no próximo ano”, disse Leidiane Sousa.

CÍRIO FLUVIAL

As águas do rio Tocantins em Marabá, no sudeste do estado, ganharam o colorido alegre das embarcações de centenas de fiéis que acompanharam o Círio Fluvial, na tarde deste sábado (14). Balões, faixas e ornamentações caprichadas para homenagear Nossa Senhora de Nazaré.

O Círio Fluvial era uma das romarias mais aguardadas pelos devotos, sobretudo pela grande comunidade pesqueira que transita pelos rios Tocantins e Itacaiúnas.

Coordenação se surpreendeu com a quantidade de fiéis neste domingo (15). Foto: Rogério Brasil

Antes do Círio Fluvial, às 15h, os devotos participaram da Santa Missa realizada no palco da Igreja Santuário na Folha 16, na Nova Marabá. A celebração deu início ao traslado da imagem peregrina até Porto das Mangueiras.

O tempo nublado amenizou o calor dos devotos, que seguiram a pé até o porto, onde a berlinda foi colocada em um barco para percorrer o Rio Tocantins.

A imagem de Nossa Senhora de Nazaré seguiu até o encontro dos rios Tocantins e Itacaiúnas e retornou à escadaria da Colônia Z30, na Marabá Pioneira, onde recebeu as honrarias militares, realizadas por homens do Exército Brasileiro.