ANDRÉ MARTINS
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Brasil começou surpreendendo, mas levou a virada da Polônia na segunda rodada do Grupo B do vôlei de quadra masculino das Olimpíadas de Paris, nesta quarta-feira (31).
Os poloneses venceram os brasileiros no tie-break por 3 sets a 2 (parciais de 25 a 22, 19 a 25, 25 a 19, 23 a 25 e 15 a 12). A Polônia é a primeira colocada do ranking internacional, seis posições acima do Brasil, e veio de vitória fácil sobre o Egito.
O Brasil se impôs no começo, mas depois perdeu fôlego e teve uma derrota amarga. Os brasileiros tiveram momentos de oscilação e não conseguiram frear os adversários.
O Brasil não conseguiu bater a algoz Polônia. A equipe rival foi responsável por eliminar os brasileiros nas últimas duas edições da Liga das Nações, além da vitória no Mundial de 2022. Com o resultado, foi para 15 vitórias contra 11 do Brasil.
Os comandados por Bernardinho seguem sem vitória em Paris. Os italianos lideram a chave, com duas vitórias, empatados com os poloneses. A seleção masculina busca a sua quarta medalha ouro, conquistada pela última vez na Rio-2016; em Tóquio, caiu na semi.
O Brasil volta à quadra para enfrentar o Egito na sexta (2), pelo terceiro e último compromisso da fase de grupos. As duas primeiros equipes da chave avançam direto para as quartas, e os dois melhores terceiros colocados também se classificam. Além de vencer, precisa torcer para sonhar com a vaga no mata-mata.
COMO FOI O JOGO
O Brasil começou o primeiro set avassalador, teve um apagão e levou a virada, mas conseguiu se reerguer. A seleção logo assumiu a frente no placar e abriu três pontos, chegando a 10 a 7. O saque entrou, a equipe conseguiu bloquear os poloneses e forçou erros. Aumentou para a vantagem para seis com direito a salvada heroica de Bruninho, indo a 19 a 13. A Polônia, no entanto, deu início a uma reação. Bernardinho pediu tempo técnico, mas os rivais seguiram embalados, empataram em 21 a 21 e até viraram. Só que os brasileiros acordaram e decidiram o set no final, com Leal, Lucarelli e Darlan inspirados.
A Polônia reagiu, dominou o segundo set e deixou tudo igual. Eles abriram 4 a 0 e decolaram, forçando logo cedo um tempo técnico de Bernardinho. O Brasil sofrendo com o saque de Bieniek e com o central Kochanowski. Lucarelli até embalou uma reação brasileira, aproximando o placar para 9 a 8 e forçando uma pausa para o adversário respirar. Porém, a paralisação surtiu efeito. A Polônia voltou a abrir distância, os brasileiros pecaram no contra-ataque e foram superados. Leon, sozinho, colocou o set no bolso e fez nove pontos.
O Brasil se reergueu no terceiro, em set mais equilibrado até o Brasil deslanchar. O placar se manteve apertado, disputado ponto a ponto, até os brasileiros abrirem 16 a 12. Os adversários até se aproximaram, mas não foi o suficiente. A vantagem aumentou, ficou 21 a 16 e os brasileiros aumentaram o moral com pontaço de Adriano após recepção de peito de Darlan. Junto de Cachopa, Adriano se firmou em quadra depois de começar o jogo na reserva, e Lucão cresceu. O Brasil ainda fechou o set com ponto “de graça” em erro de saque adversário.
O Brasil começou a quarta parcial da mesma forma, pontuando, e teve novamente um set parelho. As duas seleções se alternaram na frente e mantiveram a igualdade até o 17 a 17. Porém, os brasileiros oscilaram, perderam ímpeto e. Lucão caiu após pisar no pé de Lucarelli, sentiu o tornozelo e preocupou. Bernardinho pediu tempo técnico para tentar salvar quando estava 23 a 20 para os adversários, só que não deu. O Brasil segurou dois dois set points, mas cometeu erro no saque e perdeu.
Os poloneses voltaram melhores para o tie-break. Huber surpreendeu com saques e abriram vantagem. Quando tudo parecida perdido, com quatro bolas atrás, o Brasil reagiu. Empatou em 12 a 12 e fez sonhar, mas eles tiveram um match point, mas não deu.