Olimpíadas

Bispo de Paris diz esperar que cerimônia de encerramento das Olimpíadas seja 'menos ofensiva'

Bispo de Paris diz esperar que cerimônia de encerramento das Olimpíadas seja 'menos ofensiva'

O bispo auxiliar de Paris, Philippe Marsset, disse à Folha esperar que a cerimônia de encerramento dos Jogos, neste domingo (11), no Stade de France, seja “um pouco menos ofensiva” que a de abertura.

A festa inaugural dos Jogos, em 26 de julho, realizada em uma extensa área ao longo do rio Sena, causou polêmica devido a ousadias do responsável pelo espetáculo, o diretor de teatro Thomas Jolly. Uma das maiores controvérsias foi uma suposta paródia da Santa Ceia, com a presença de drag queens, que irritou muitos católicos.
“Acho que Thomas Jolly é um homem de boa fé. Espero que ele tenha compreendido o que suas equipes provocaram. Talvez não tenha sido ele que fez. E que a cerimônia de encerramento seja um pouco menos ofensiva para aqueles que não pensam como ele”, disse monsenhor Marsset durante evento ecumênico organizado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) em frente à catedral de Notre-Dame, na semana passada.
Jolly também será responsável pelo show de encerramento.
Diante da polêmica, o diretor francês disse que não teve a intenção de ofender ninguém, apenas de celebrar a diversidade. A representação não seria uma referência à última ceia de Cristo, e sim uma alusão à mitologia grega.
O presidente do COI, o alemão Thomas Bach, minimizou a polêmica em entrevista coletiva na sexta (9). “Não dá para ter ambos: um espetáculo dessa relevância, e esperar que ninguém tenha nada a comentar. Encaramos isso como um sinal da relevância política dos Jogos.”

 

*ANDRÉ FONTENELLE – PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS)