A Bola de Ouro perdeu ao premiar Rodri como o melhor jogador da temporada. Regular e fundamental no esquema do Manchester City, o volante teve participação importante na campanha vitoriosa da Espanha na Eurocopa. Ocorre que não foi o principal protagonista no City e nem na seleção de seu país. No time inglês, Phil Foden foi o melhor; na Espanha, Lamine Yamal foi a grande estrela da conquista.
Vinícius Jr., dado como favorito para levantar o troféu que é dado pela revista France Football e a Uefa, acabou em segundo lugar, mas saiu maior do episódio, com a ruidosa reação internacional ao resultado da premiação.
Nas próprias cercanias do teatro onde se realizou a festa da Bola de Ouro, em Paris, torcedores se reuniram para gritar o nome de Vini Jr. e vaiar a chegada de Rodri. Dentro do recinto, quando o vencedor foi anunciado, novos gritos saudando Vini foram ouvidos, atestando a recusa pública em aceitar a escolha dos jornalistas que elegeram Rodri.
É impossível não associar o resultado, como no ano passado, quando Vini já fazia por merecer a distinção, a outros interesses e influências extracampo. O atacante brasileiro é indiscutivelmente o principal astro das ligas europeias há pelo menos três anos. Ao mesmo tempo, ficou conhecido pela batalha pessoal contra o racismo das torcidas espanholas.
Vini foi alvo de cânticos xenofóbicos nos estádios, mas resistiu bravamente, sem se deixar amofinar ou recuar. Enfrentou seus algozes, o que para muitos pareceu uma provocação. Na realidade, o provocado sempre foi Vini. Ao contrário de muitos outros atletas negros, ele se recusou a aceitar o papel de vítima silenciosa.
Denunciou seus detratores, apontou os racistas e exigiu das autoridades providências para o crime de que foi vítima. O Real Madrid de início não tomou atitudes claras, mas, diante da escalada de ataques, partiu para defender seu principal jogador. Para isso, contribuiu muito a atitude pessoal do técnico Carlo Ancelotti, que várias vezes se manifestou repudiando a criminosa e covarde campanha contra Vini.
Ancelotti e os jogadores não foram à solenidade de premiação, por decisão formal do clube, para quem “a Bola de Ouro não respeitou o Real”. A decisão altiva foi do presidente Florentino Perez. Do alto da grandeza do Real Madrid, ele apontou a injustiça de que Vinícius foi vítima. A repercussão mundial mostra que o Florentino, o Real e Vini saíram engrandecidos. Azar da Bola de Ouro.
Leão reinicia os trabalhos já em dezembro
O Remo já se movimenta na busca por reforços para a próxima temporada. Não faz alarde, nem deveria, mas já tem contatos iniciados com atletas que interessam à comissão técnica chefiada por Rodrigo Santana. Alguns contratados virão do exterior, possivelmente Colômbia, Uruguai e Argentina.
Em entrevista à Remo TV, ontem, o técnico afirmou que 2025 já começou para o Leão, buscando as melhores peças para compor o elenco. Disse que o clube quer jogadores de força e intensidade, com DNA vitorioso. As primeiras aquisições devem vir de times que disputam as Séries A e B.
A preocupação do treinador é com as exigências do calendário, principalmente da Série B, que tem mais de um jogo por semana e requer preparo e condicionamento das equipes em função da logística desafiadora.
Por isso, Santana revelou que já na primeira semana de dezembro recomeçam os trabalhos no estádio Evandro Almeida, para a recepção aos atletas e início dos treinos.
Atletas da UsiPaz disputam os Jogos da Juventude
Dez atletas atendidos pela Usina da Paz Professor Amintas Pinheiro, do Icuí-Guajará, em Ananindeua, foram classificados para os Jogos da Juventude. O evento, que reúne competidores de todo o país, será realizado em novembro, em João Pessoa (PB).
Os adolescentes atendidos pelas turmas esportivas da Usina da Paz vão disputar a competição nas modalidades atletismo, judô e taekwondo, contando com a estrutura e a equipe técnica do Complexo de Cidadania do Governo do Pará para garantir a melhor preparação.
A coordenadora de Esporte na UsiPaz de Ananindeua, Déborah Valente, destaca o papel do complexo para a mudança na vida de jovens que sonham em ser atletas: “Levar esses atletas para as competições, com o apoio do governo do Estado, é essencial para manter o trabalho e incentivar que outras crianças e jovens venham participar do esporte nas Usinas”.
As Usinas da Paz representam uma importante ferramenta de inclusão social através do esporte. Em todos os Complexos de Cidadania há infraestrutura e aulas gratuitas, em diversas modalidades esportivas, contribuindo para a descoberta e o desenvolvimento de jovens talentos.
Além de atletismo, judô e taekwondo, os adolescentes também podem praticar nas UsiPaz esgrima, basquete, muay thai, vôlei de quadra, futebol de areia, handebol, boxe, natação, vôlei de areia e futsal. A disponibilidade de vagas é informada nas recepções de cada Usina.
Os Jogos da Juventude reúnem os melhores atletas de até 17 anos do Brasil, oriundos de escolas públicas e privadas, para a disputa de 18 modalidades. São mais de 4 mil atletas participantes e mais de 6 mil pessoas envolvidas na organização do evento.
O evento multiesportivo é organizado pela área de Desenvolvimento Esportivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), e visa oferecer suporte para as modalidades olímpicas por meio de ações que buscam a formação de atletas jovens e profissionais do esporte.