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Veja quem são os candidatos a presidente na Argentina

Brasília (DF) 22/10/2023 – Cerca de 23 mil argentinos votam no Brasil no primeiro turno para eleger o novo presidente do país, essa votação acontece na embaixada em Brasília e em 10 consulados espalhados pelo Brasil.
Os candidatos à presidência na Argentina finalizaram a campanha prometendo diminuir a inflação.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Brasília (DF) 22/10/2023 – Cerca de 23 mil argentinos votam no Brasil no primeiro turno para eleger o novo presidente do país, essa votação acontece na embaixada em Brasília e em 10 consulados espalhados pelo Brasil. Os candidatos à presidência na Argentina finalizaram a campanha prometendo diminuir a inflação. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

JÚLIA BARBON

BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – Os argentinos decidem neste domingo (22) o futuro político do país em clima de profunda incerteza. As principais forças políticas da Argentina estão representadas nas figuras de três candidatos.

A coalizão peronista União pela Pátria tem como cabeça de chapa o atual ministro da Economia, Sergio Massa –o presidente Alberto Fernández decidiu não disputar a reeleição.
Ele disputará com Patricia Bullrich, ex-presidente do partido de Mauricio Macri (PRO), da oposição republicana Juntos por el Cambio.

Mas o favorito na disputa, depois de ter saído na frente nas eleições primárias, é o deputado ultraliberal Javier Milei, líder do A Liberdade Avança, que se apresenta como uma rara terceira via.

Abaixo, veja quem é cada um dos principais postulantes ao primeiro turno, realizado neste domingo. O segundo turno, se necessário, acontece em 19 de novembro.

GOVERNISTA PERONISTA
Sergio Massa, 51
Foi o terceiro ministro da Economia nomeado por Alberto Fernández, em julho de 2022. Antes disso, foi presidente da Câmara dos Deputados por três anos e prefeito da cidade de Tigre, vizinha a Buenos Aires, por outros seis. Também foi chefe de gabinete de Cristina entre 2008 e 2009.
Formado em direito e de perfil conciliador, ele assumiu quando o presidente decidiu unificar três pastas para centralizar as ações diante da piora da crise econômica do país. Tem sido o responsável por “segurar as pontas” do governo até as eleições e lidera a renegociação da dívida bilionária que o país tem com o FMI (Fundo Monetário Internacional).

OPOSIÇÃO MACRISTA
Patricia Bullrich, 67
É uma das lideranças da coalizão Juntos por el Cambio e, até abril, era presidente do Proposta Republicana, do qual pediu uma licença para participar da campanha. Considerada mais “linha dura”, foi ministra da Segurança de Macri (2015-2019) e deputada federal por Buenos Aires (2007-2015).
Antes, atuou como ministra do Trabalho e Segurança Social na gestão de Fernando de la Rúa (1999-2001). Tem se movimentado para se aproximar do concorrente Javier Milei, dizendo que atuará junto com ele em propostas se ganhar, de olho nos eleitores de direita do rival.

ULTRALIBERAL
Javier Milei, 53
Economista e professor, o ultraliberal foi eleito deputado federal em 2021. É líder do Partido Libertário e da sua coalizão, A Liberdade Avança. Ficou conhecido a partir de 2018 por críticas contundentes às gestões de Cristina, Macri e Fernández e por seu modo agressivo de falar.
Naquele ano, chamou uma jornalista de “burra” e teve que pedir desculpas na Justiça. Define-se como anarcocapitalista e tem como principal proposta a dolarização da economia argentina. Costuma atrair principalmente o eleitorado jovem, e sua vice é a também deputada Victoria Villarruel.