O Pará ainda repercute o crime que tirou a vida do empresário Antonio Eugênio Pacelli Martin de Mello, de 54 anos, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), assassinado na manhã de sexta-feira, 4 de outubro, durante um assalto à sua loja e fábrica de velas, localizada no bairro Levilândia, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. O caso é investigado pela Divisão de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), vinculada à Polícia Civil do Estado.
Pacelli era conhecido no setor industrial paraense por sua atuação empreendedora e pela defesa do fortalecimento da cadeia produtiva local. Além do cargo na Fiepa, era proprietário da Velas Santa Maria, uma das empresas mais tradicionais do ramo no Pará, com atuação há mais de duas décadas. O empresário também integrava o Centro das Indústrias do Estado do Pará (Ciep) e mantinha forte envolvimento com ações sociais voltadas à capacitação de jovens e trabalhadores.
O Crime e as Investigações
De acordo com as investigações, o crime ocorreu por volta das 8h30 do dia 4, quando dois homens invadiram o estabelecimento comercial da vítima, anunciaram o assalto e, durante a ação, dispararam contra o empresário, que acabou atingido e morreu no local. Testemunhas relataram que os suspeitos fugiram em um carro de cor prata, levando pertences e dinheiro do caixa.
As investigações
Desde o dia do crime, as equipes da DRFR atuam em regime de diligência contínua. “Policiais da Divisão conseguiram acesso a imagens do circuito de segurança de uma transportadora vizinha, onde foi possível visualizar o veículo utilizado pelos criminosos na fuga. As imagens mostraram um automóvel de cor prata e, após consulta aos sistemas, foi identificada a proprietária do veículo”, informou o delegado Arthur do Rosário, titular da DRFR.
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A mulher identificada foi localizada e, em depoimento, declarou que havia alugado o carro para um homem. De posse dessas informações, os policiais chegaram até o suspeito, que foi preso em flagrante na terça-feira, 7 de outubro, em Ananindeua. O carro e o celular do preso foram apreendidos e encaminhados para perícia técnica.
Em interrogatório, o suspeito confessou ter feito o transporte dos autores do crime e admitiu ter recebido pagamento em dinheiro pelo serviço, embora negasse participação direta no latrocínio. Segundo o delegado, há indícios de que uma motocicleta também tenha sido usada para dar apoio à fuga dos criminosos, e as investigações agora buscam identificar e capturar os demais envolvidos.
Repercussão e Próximos Passos
O assassinato causou grande comoção entre empresários e representantes de entidades de classe. Em nota, a Fiepa lamentou profundamente a morte de seu vice-presidente e destacou “o legado de dedicação, ética e compromisso com o desenvolvimento do setor produtivo do Pará deixado por Pacelli”. Diversos empresários e lideranças locais também manifestaram pesar nas redes sociais.
O homem preso permanece à disposição da Justiça, e as diligências da Polícia Civil prosseguem com a análise de imagens, perícia nos aparelhos apreendidos e o rastreamento dos demais integrantes do grupo criminoso. A expectativa é que novas prisões ocorram nos próximos dias.
