
A aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caiu para 39%, enquanto a desaprovação subiu para 56%, segundo pesquisa do The Economist em parceria com o instituto YouGov, realizada entre os dias 4 e 6 de outubro com 1.648 adultos. A diferença entre aprovação e rejeição — de 17 pontos percentuais — é a maior do segundo mandato republicano.
Na semana anterior, o mesmo levantamento mostrava leve vantagem: 40% de aprovação e 54% de desaprovação. Agora, o desgaste se acentuou em segmentos considerados estratégicos: entre mulheres, o índice de aprovação é de apenas 33%; entre idosos com mais de 65 anos, 43%; hispânicos, 25%; e negros, 10% — todos registrando mínimas históricas.
O cenário coincide com o shutdown que paralisou parte da administração federal. A maioria dos entrevistados desaprova a forma como Trump e os republicanos lidam com o impasse: 54% reprovam sua condução, e 41% atribuem a responsabilidade pelo fechamento ao presidente e ao seu partido. Outros 30% culpam os democratas, enquanto 23% dividem a culpa entre ambos.
A pesquisa indica que o público prefere um acordo negociado a uma guerra política: 63% defendem que os congressistas “devem comprometer-se para alcançar um acordo orçamentário”, contra 37% que pedem enfrentamento mesmo ao custo de novas paralisações.
Boa parte dos norte-americanos já sente o impacto da crise: 39% afirmam ser afetados “muito” ou “um pouco”, e 24% acreditam que o impasse deve durar entre uma e duas semanas; 23%, de três a quatro; e 13%, mais de um mês.
Impacto Econômico e Responsabilidade
Na economia, 57% apontam Donald Trump — e não o ex-presidente Joe Biden (24%) — como o principal responsável pela situação atual. A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.