
Nesta quinta-feira (17), a Petrobras, por meio da sua subsidiária Transpetro, inaugurou uma usina solar no terminal da empresa em Belém, no Pará. Com essa iniciativa, a operação local se torna uma referência dentro do Sistema Petrobras em práticas sustentáveis e gestão responsável. A instalação tem capacidade para gerar 300 kW e faz parte do programa “Terminal + Sustentável”. O objetivo é diminuir os custos de operação e também reduzir as emissões de carbono.
Na cerimônia de abertura, estavam presentes diversas autoridades, como o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, e o Diretor de Dutos e Terminais da empresa, Márcio Guimarães, além de outros representantes e funcionários. O momento foi marcado por um ato simbólico: a apresentação da placa de inauguração feita pelo funcionário mais antigo em atividade no Terminal de Belém, Marcelo da Silva Brito.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, ressalta que a sustentabilidade é uma das principais prioridades nas decisões estratégicas da empresa. “Queremos ser um exemplo para a sociedade. A Transpetro busca liderar ao descarbonizar suas operações, pois sempre reforço isso em todas as discussões que temos dentro da empresa. Uma empresa estatal precisa servir de modelo para a sociedade. Ela não deve ser apenas uma empresa que busca lucro, mas também deve ter responsabilidade social e contribuir para o meio ambiente. É isso que estamos fazendo agora. A partir deste caso, vamos expandir essa iniciativa para outros terminais”, explica ele.

Sérgio esclarece sobre a escolha de Belém como local para o projeto. Ele explicou que essa iniciativa será implementada em todos os terminais da Transpetro, totalizando 48 unidades. “Esse é o segundo projeto desse tipo que fazemos. O primeiro foi em Guarulhos no ano passado. Agora, precisávamos escolher outro terminal, e optamos por Belém porque o terreno aqui facilitava bastante as coisas. Já tinha um espaço vazio disponível para a instalação da usina, sem interferir nas operações”, afirmou.
“Quando você decide colocar uma usina dentro de uma operação, precisa tomar cuidado, principalmente porque lidamos com volumes de produtos inflamáveis. Como se trata de uma usina fotovoltaica, existe a possibilidade de algum problema em algum momento. Então, como aqui tinha um espaço afastado da área de operação, achamos melhor fazer por aqui”, acrescenta Sérgio.
Expansão da Sustentabilidade e Escolha de Belém
O diretor de Dutos e Terminais da Transpetro, Márcio Guimarães, também comentou sobre a escolha de Belém. Ele explicou que a decisão foi tomada pensando em melhorar a sustentabilidade e o cuidado com o meio ambiente, além de ser uma escolha econômica. Segundo ele, a Transpetro consome bastante energia elétrica por causa das suas operações, que envolvem o uso de bombas e motores grandes para transportar petróleo, derivados ou carregar navios. Ele destacou que isso é importante para qualquer terminal da empresa.
Além disso, ao falar de Belém, Márcio ressaltou a importância da região Norte nesse contexto. “Quando pensamos no consumo de produtos derivados, a região Sudeste ainda é a que concentra a maior parte desse consumo. No entanto, as taxas de crescimento estão crescendo bastante em duas outras regiões do país: a Norte e a Centro-Oeste. Como nossa empresa atua em todo o Brasil e tem planos de expandir cada vez mais para essas regiões, estamos acompanhando de perto esse crescimento acelerado nessas áreas, com uma atenção especial a cada uma delas, de forma diferenciada”, disse Márcio.
Investimento e Impacto Ambiental da Usina Solar
Com um investimento de R$ 3,2 milhões, essa é a segunda usina solar instalada pela Transpetro. Ela foi criada para abastecer totalmente as operações do terminal, trazendo uma economia estimada de R$ 400 mil por ano e ajudando a reduzir cerca de 30 toneladas de CO₂ anualmente.
Além da usina em Belém, a Transpetro já tem uma outra funcionando no terminal de Guarulhos, em São Paulo. Essas ações fazem parte do compromisso da empresa com a transição energética e a redução das emissões de carbono em suas operações.
Sérgio Bacci comenta que estão considerando a possibilidade de montar uma fazenda de usina fotovoltaica. “Estamos estudando a ideia de usar um grande terreno para instalar uma usina de energia solar que possa atender todos os terminais. Esse processo leva um tempo, pois envolve um investimento bastante alto, mas a intenção é criar terminais mais sustentáveis em todo o Brasil. São 48 terminais ao todo, e essa é a direção que queremos seguir”, finaliza.