Mundo

Suspeito de aliciar paraense condenada na Indonésia por tráfico é preso

A paraense Manuela Vitória de Araújo Farias escapou da sentença de morte ao ser flagrada com drogas na Indonésia, país que é rígido contra o crime de tráfico de entorpecentes. Foto: Reprodução
A paraense Manuela Vitória de Araújo Farias escapou da sentença de morte ao ser flagrada com drogas na Indonésia, país que é rígido contra o crime de tráfico de entorpecentes. Foto: Reprodução

No dia 28 de agosto, a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DRE/DEIC), deflagrou a operação “Wallet” visando apurar uma associação criminosa suspeita de capitalizar os valores obtidos com o tráfico de drogas através da conversão em criptomoedas.

Na ação foram cumpridas diversas ordens judiciais: bloqueio de 16 carteiras (Wallet) de criptomoedas; 32 mandados de busca e apreensões; 17 mandados de prisão (que resultaram em 12 pessoas presas), bloqueios de 15 contas bancárias e empresas e apreensão de veículos. Além disso, foram realizadas cinco prisões em flagrantes. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Florianópolis, São José, Biguaçu, Imbituba, Camboriú, Navegantes.

O delegado Claudio Monteiro disse que há grande probabilidade de um dos alvos, preso em sua residência nesta manhã em Imbituba, ser integrante da quadrilha que alicia pessoas para fazer o transporte das drogas para destinos Internacionais, como Austrália, Tailândia e Europa.

“Inclusive a brasileira que saiu de Santa Catarina e foi condenada a 11 anos de prisão pode ter sido enviada por este grupo que estamos investigando”, detalhou, se referindo à paraense Manuela Vitória de Araújo Farias.

Ela, que corria risco de pegar prisão perpétua ou ser sentenciada à morte, já que na Indonésia a lei é dura contra o crime de tráfico de drogas, foi condenada a 11 anos de prisão por entrar no país asiático com cocaína.

Manuela foi detida em dezembro do ano passado com cerca de 3 quilos de cocaína na bagagem no aeroporto de Bali. Ela teria sido usada como mula por um grupo criminoso.

Na casa do investigado foram apreendidas estufas, pés de maconha e maconha pronta para consumo, além de diversas malas. “Ele faz um trabalho artesanal para ocultar drogas em malas”, contou.

A investigação da operação Wallet se iniciou no ano de 2022 após levantamento que o mesmo grupo preso em 2019 continuava atuando fortemente no tráfico de drogas e envio de cocaína em malas de viagem.