Portugal implementou nesta quinta-feira (23) uma versão revista da chamada “Lei dos Estrangeiros”, que traz mudanças significativas para imigrantes, incluindo brasileiros, em solo português. Acompanhe o que muda:
• Os vistos concedidos para procura de trabalho serão agora exclusivos para atividades de trabalho qualificado, voltados a profissionais com competências técnicas especializadas, conforme será definido pelo governo português.
• O reagrupamento familiar — mecanismo que permite a vinda de cônjuge e dependentes — sofreu restrições, dificultando a reunificação familiar de quem já vive em Portugal com autorização de residência.
• Cidadãos da comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP), entre os quais o Brasil, verão endurecido o acesso a autorizações de residência dentro do território português.
Por que a mudança
O governo português justificou a reforma como resposta a lacunas de aplicação da lei anterior e à necessidade de reforçar o controlo migratório, de modo a garantir que o acesso ao mercado de trabalho e à residência seja condizente com qualificações profissionais específicas.
Impactos da Nova Lei de Imigração em Portugal
Para muitos brasileiros que residem ou pretendem se mudar para Portugal, as novas regras representam uma reviravolta. Setores tradicionalmente acessados por imigrantes — como construção civil, comércio e agricultura — são citados como potenciais mais afetados, já que não se enquadram diretamente como “atividade qualificada”.
Além disso, o impedimento de solicitar determinadas autorizações de residência a partir do território para quem é da CPLP torna o processo mais burocrático e vulnerável à recusa.
O que fazer diante das Mudanças na Lei de Imigração?
• Verifique seu tipo de visto atual ou pretendido — se não for para trabalho qualificado, prepare-se para que seu pedido seja negado ou despriorizado.
• Em caso de projeto de mudança ou reagrupamento familiar, consulte antecipadamente advogados de imigração ou organismos especializados, para avaliar elegibilidade.
• Brasileiros já residindo em Portugal com autorização vigente devem monitorar prazos de renovação, pois a nova lei poderá afetar condições futuras.
Editado por Débora Costa