TECNOLOGIA

Robôs humanoides roubam a cena no show de Ano-Novo na China; veja vídeo

Saiba mais sobre os robôs humanoides da Unitree que surpreenderam o público em uma dança fascinante durante o Ano-Novo chinês.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Nas quatro horas do programa que marcou o início do Ano-Novo chinês, na noite desta terça-feira (28) pela rede CCTV, um quadro de dança popular do nordeste da China com 16 robôs humanoides da Unitree roubou a cena.

A direção do espetáculo foi de Zhang Yimou, cineasta premiado de filmes como “Lanternas Vermelhas”, mas o quadro envolveu diretamente também os engenheiros da fábrica de Hangzhou, referência em robótica na China.

Segundo a Unitree, cada modelo H1, apelidado de Fu Xi, um imperador mítico que teria inventado a escrita, usou inteligência artificial para fazer os movimentos de dança de corpo inteiro, inclusive adaptar-se a mudanças que identificasse na música.

Também integrou outras tecnologias, como LiDAR (usada para detecção em direção autônoma), para posicionamento de 360 graus, de olho na movimentação de outros robôs e dançarinas ao redor.

Uma das ações que causaram maior impressão foi quando os robôs não só giraram nas mãos os lenços vermelhos que traziam como os lançaram para o alto e pegaram de volta –ações também realizadas pelas dançarinas humanas do quadro.

Os lenços e sua manipulação, que demandaram adotar diferentes algoritmos nas mãos, são típicos da dança escolhida por Zhang para integrar os robôs à apresentação, misturando artes cênicas tradicionais chinesas com traços de modernização e tecnologia.

Chamada de Yangge ou Errenzhua, giro de duas pessoas, entre outros nomes, envolve em geral um casal de dançarinos-cantores, com movimentos e letras por vezes de sentido sexual apelativo. Não foi o caso, no programa da CCTV.

Segundo a descrição da própria Unitree, os robôs tiveram suas coberturas externas removidas, para acentuar realisticamente que se tratava de uma máquina, receberam aprendizado reforçado para dançar e algoritmo de alinhamento de ritmo.

A exibição de conquistas tecnológicas chinesas avançou por outros campos, no programa, com merchandising de carros elétricos como o Xiaomi Su7 e sobretudo uma gigantesca performance de drones sobre Chongqing.

Apresentada pela primeira vez em 1983, a Festa do Festival da Primavera, nome dado à transmissão, também chamou atenção neste ano com quadros como “O que o Mundo me Deu”, nova música da cantora Wong Fey, e uma participação da banda americana One Republic.

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