
Uma nova perícia trouxe elementos surpreendentes ao caso da influenciadora digital catarinense e sua filha, encontradas mortas em uma residência no Rio de Janeiro. O fato agora passa a ser reanalisado com suspeitas distintas às primeiras hipóteses.
A perícia criminal revelou evidências que colocam em xeque a versão inicial de homicídio simples ou crime passional. Documentos técnicos recém-empenhados agora sugerem a presença de marcas compatíveis com defesa pessoal e sinais de confronto físico que não tinham sido destacados em laudos preliminares.
As autoridades locais teriam identificado:
• Lesões defensivas nas mãos ou antebraços da vítima mais jovem, possivelmente indicativas de tentativa de reagir;
• Indícios de agressão externa consistente com uso de objeto contundente;
•Indícios de manipulação da cena do crime, sugerindo que o local foi alterado após os acontecimentos.
Investigadores também relataram que objetos domésticos e móveis no local apresentavam deslocamentos e marcações inesperadas, que agora passam a ser considerados como pistas de intervenção posterior à agressão.
Investigação e novas evidências
A Polícia Civil e o setor de perícia do estado do Rio de Janeiro já trabalham com o Instituto de Criminalística local para confrontar os novos laudos com depoimentos, evidências digitais e análise de telecomunicações (como localização de celulares). Um dos focos da investigação será identificar se houve coação ou manipulação de provas entre o momento do crime e a descoberta dos corpos.
A reviravolta operada pela perícia reabre cenários antes descartados, como participação de terceiro ou crime premeditado com intenção de encobrir rastros. As autoridades devem emitir um novo laudo complementar nos próximos dias para subsidiar a decisão sobre indiciamento ou reclassificação do crime.