ANÁLISE

'Retranca atrapalha o Leão', afirma Gerson Nogueira

O Remo ficou devendo pelo menos um golzinho ao seu torcedor, que encheu as arquibancadas do Mangueirão, no sábado à tarde.

‘Retranca atrapalha o Leão’, afirma Gerson Nogueira ‘Retranca atrapalha o Leão’, afirma Gerson Nogueira ‘Retranca atrapalha o Leão’, afirma Gerson Nogueira ‘Retranca atrapalha o Leão’, afirma Gerson Nogueira
Remo e Cuiabá empataram por 0 a 0 na tarde deste sábado (5), no Estádio Mangueirão, em Belém, pela 15ª rodada da Série B
Remo e Cuiabá empataram por 0 a 0 na tarde deste sábado (5), no Estádio Mangueirão, em Belém, pela 15ª rodada da Série B. Foto: Irene Almeida

O Remo ficou devendo pelo menos um golzinho ao seu torcedor, que encheu as arquibancadas do Mangueirão, no sábado à tarde. Mais de 21 mil pessoas compareceram e só se animaram no 1º tempo, quando o time de Antônio Oliveira partiu com tudo em busca do gol, mas esbarrou na má organização das jogadas e na afobação no momento de finalizar. A falta de um meia criativo pesou bastante.

A melhor chance coube a Luan Martins aos 23 minutos. Ele desviou de cabeça um cruzamento de Sávio. Cabeceio de almanaque, de cima pra baixo. A bola tocou no chão e foi no ângulo, mas o bom goleiro Mateus Pasinato saltou e conseguiu evitar o gol, tocando para escanteio.

O Cuiabá ameaçou somente uma vez no jogo inteiro. Aos 32 minutos, após escanteio, um cabeceio do atacante Alisson Safira foi salvo em cima da linha pelo volante Pedro Castro. Ficou nisso. O time de Guto Ferreira não queria se expor e deixou claro que o empate lhe bastava.

Pedro Rocha perdeu uma grande chance ao receber livre na intermediária. Avançou com a bola nos pés, mas demorou a bater e acabou travado pelo volante Alan quando ia finalizar em direção ao gol.  

Outro bom momento ofensivo do Remo foi a arrancada de Marrony rumo à área do Cuiabá, aos 45’. Ele foi derrubado e Sávio cobrou a falta com perfeição, mas a bola bateu no travessão e voltou.

Melhor jogador azulino na primeira etapa, deslocando-se por todos os lados do ataque, Marrony teve outras três participações agudas, mas saiu lesionado no intervalo e isso ajuda a explicar a brutal queda de movimentação do Leão na etapa final.   

Entrada de Vizeu enfraquece ataque

Quem viu o Remo mandar no jogo ao longo dos primeiros 45 minutos deve ter tomado um susto com a confusa distribuição do time no 2º tempo. A entrada de Felipe Vizeu no lugar de Marrony enfraqueceu o ataque. Encaixotado entre os zagueiros, o centroavante não conseguiu jogar.

Sávio foi peça importante nas subidas pelo lado esquerdo e nos cruzamentos, mas a bola não chegou em condições de aproveitamento para Pedro Rocha e Adailton (que substituiu Janderson), os que mais se deslocavam dentro da área do Cuiabá. No meio, Pavani entrou no lugar de Pedro Castro, mas ficou distante de Jaderson, que não repetiu atuações anteriores nas ações de apoio.

Sem criação no meio-campo, o Remo alugou o campo de defesa do adversário, mas não sabia o que fazer com a posse de bola, a não ser repetir cruzamentos e chutes descalibrados. A bola batia no muro e voltava. 

A rigor, não houve nenhuma chance de gol, situação amplificada pelo antijogo em larga escala do Cuiabá, exposto no rodízio de faltas, além da forte retranca. 

A torcida saiu frustrada, mas o resultado mantém o Remo no primeiro pelotão, agora ocupando a 5ª colocação com a mesma pontuação do Avaí (4º).

Papão arranca belo empate em Floripa

Cheio de desfalques importantes – Rossi, Garcez e Edilson – o Paysandu arrancou um empate em 0 a 0 contra o Avaí, em Florianópolis, no sábado à noite. Foi a quarta partida sem derrota sob o comando de Claudinei Oliveira – que ganhou 10 dos 14 pontos do time na Série B.

Com um esquema montado para não perder, o PSC conseguiu resistir bem à pressão do melhor ataque da Série B, com boa presença do goleiro Gabriel Mesquita. No 1º tempo, Marlon ainda fez uma finalização perigosa, mas o time recuou e não se aventurou mais no ataque.

Depois de perder o atacante Diogo Oliveira, que sentiu um incômodo em campo, o técnico Claudinei Oliveira trocou o volante Ronaldo Henrique pelo ala Bryan Borges, mas não alterou a maneira de jogar. Mesmo mantendo a posse de bola, o Avaí não conseguiu criar grandes chances.

Para um time que entrava em campo já derrotado, a mudança é da água pro vinho. O resultado foi excelente, mantendo a invencibilidade de Claudinei (três vitórias e um empate) e colocando o PSC na 17ª colocação. Não há dúvida: a confiança adquirida deixou a má fase pra trás.   

PSG vence o Bayern e consolida favoritismo

No fim de semana que marcou a volta triunfal do Oasis aos palcos do rock – com uma tocante homenagem ao atacante Diogo Jota, que morreu em trágico acidente –, a Copa do Mundo de Clubes apresentou mais dois jogaços: PSG e Bayern de Munique, talvez o mais aguardado confronto do torneio. Vitória francesa por 2 a 0, sendo que o time de Luis Enrique ainda teve dois expulsos na reta final do confronto.

Dembélé e Doué foram magistrais e o PSG é um time cada vez mais encantador. Disputado palmo a palmo, o jogo só não foi melhor que a virada do Al Hilal contra o Manchester City, de Pep Guardiola, sem dúvida o jogo mais empolgante da Copa até aqui.

O Real derrotou o Borussia por 3 a 1, com grande facilidade inicial, mas permitindo uma tentativa final de reação dos alemães. Não havia mais tempo, mas Dortmund conseguiu cravar uma despedida digna.

Amanhã, o surpreendente Fluminense de John Arias encara o Chelsea de Palmer na semifinal. Pelo que apresentaram diante do Palmeiras, os ingleses estão mesmo a fim de chegar à decisão, mas o fator transpiração é também o ponto forte do Tricolor. Parada equilibrada.