Sob as bençãos do papa Leão XIV, o Clube do Remo conseguiu interromper o sonho do bicampeonato e do 51º título de campeão paraense do Paysandu no Estadual deste ano. As duas finais foram interessantes do ponto de vista técnico e para os fãs de uma carga excessiva de emoção nos clássicos. No fim, com uma vitória para cada lado no tempo regulamentar, a decisão saiu nos pênaltis. Aí entram sorte, competência, os deuses da bola, o imponderável…
Nos dois jogos, o que se viu foi um Remo querendo a qualquer custo entregar a taça de campeão ao Papão. Isso ficou mais latente no jogo deste domingo no Mangueirão. Na ida, ok, ganhou por 3 a 2, mas vale sempre lembrar que o Leão vencia o jogo por 2 a 0 até uma mancada do sempre regular meia Pavani. Ao perder a bola e cometer o penal, colocou o Papão na decisão novamente. Veio o empate, mas depois o Leão voltaria à frente na etapa final.
Oportunidades Perdidas e Decisão nos Pênaltis
No jogo decisivo, o Remo teve algumas chances reais de matar o jogo. E não teve competência. Viu Matheus Nogueira pegar tudo no gol bicolor. Méritos do goleiro bicolor, claro, mas também cabe uma crítica aos gols perdidos pelo artilheiro Pedro Rocha e pelo superestimado Felipe Vizeu, que não disse o que veio fazer em Belém ainda.
E Adailton acabou colocando a cereja no bolo batendo mal a penalidade na reta final do jogo. Seria o empate que praticamente daria o título aos azulinos. Mas o jogo se arrastou para os penais. O Remo ainda perdeu um tiro livre, mas o Paysandu viu que ali a sorte escorria pelas mãos. No fim, coube a Marcelo Rangel defender um penal nas alternadas, e Reynaldo converter a sua cobrança para instalar a festa no Mangueirão. Título merecido, claro, o Remo tem um time sólido, mas que carece de gente que decida na frente. E o Papão valorizou muito a conquista, mesmo com seus atacantes pouco inspirados. Mas não faltou vibração. E assim foi a grande final do Parazão 2025.