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Re-Pa: O maior clássico do mundo

Em quantidade de jogos disputados não tem pra ninguém. O clássico Re-Pa é recordista mundial, com 777 partidas.

Em quantidade de jogos disputados não tem pra ninguém. O clássico Re-Pa é recordista mundial, com 777 partidas
Em quantidade de jogos disputados não tem pra ninguém. O clássico Re-Pa é recordista mundial, com 777 partidas Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

Em quantidade de jogos disputados não tem pra ninguém. O clássico Re-Pa é recordista mundial, com 777 partidas – 268 vitórias azulinas, 245 bicolores e 263 empates. No Brasil, ninguém chega perto dessa marca numérica impressionante. No mundo, seguramente, poucos rivalizam em emoção e engajamento das torcidas.

A paixão das torcidas faz com que o clássico comece bem antes do pontapé inicial. Mostra-se vivo nas discussões, palpites e gozações, despertando as reações mais diversas dentro das famílias e dos locais de trabalho.

Pode-se dizer que o Re-Pa é traço indissociável da alma paraense. É o que há de mais representativo da legítima manifestação popular, que envolve gente de todas as classes socioeconômicas, idades, ideologias e crenças.

Tudo isso vai entrar em campo na noite desta quarta-feira (7), no estádio Jornalista Edgar Proença, para a primeira partida da decisão do Campeonato Paraense. Os rivais vivem situações opostas. Um está no G4 e o outro no Z4 da Série B do Campeonato Brasileiro.

Ambos se classificaram com méritos para esta final, mas, após a interrupção do Parazão, ocorreram mudanças significativas nas duas equipes. O Remo trocou de técnico e cresceu de rendimento. O Paysandu regrediu e não conseguiu acertar o passo no Brasileiro.  

Para o confronto de hoje, o Papão vem com baixas importantes, mas o atacante Rossi está confirmado na escalação. Apesar de estar sem vencer há nove partidas, não perde para o rival também há nove jogos.

Sem conquistar o Parazão desde 2022, o Leão tem como principal arma o atacante Pedro Rocha, artilheiro da Série B com 4 gols. O técnico Daniel Paulista não deverá mexer no time que se mantém invicto na Série B.

Um recordista e um fabuloso jogo

A jornada esportiva de hoje na Rádio Clube do Pará também é especial. Quem narra o clássico 777 é o bragantino Cláudio Guimarães, um recordista de participações no Re-Pa. A liderança é absoluta: são nada menos que 219 na vitoriosa carreira.

Um fabuloso jogo de acertos na semifinal mais épica

Depois desse Internazionale x Barcelona precisaremos redefinir o significado do termo espetacular. Semifinal da Liga dos Campeões com maior quantidade de gols marcados – no placar agregado, 13 gols –, o clássico europeu valeu cada minuto de atenção.

Esperava-se um jogaço depois da partida de ida, em Barcelona, quando a partida terminou 3 a 3, mas o que se viu ontem, no estádio Giuseppe Meazza, extrapolou todas as expectativas. O tempo normal reprisou o placar de 3 a 3 e na prorrogação a Inter garantiu a vitória.

(Photo by Carl Recine/Getty Images)

É preciso, porém, observar o grau de emoção proporcionado ao fã de futebol pela escalada do placar. A Inter venceu o 1º tempo por 2 a 0, jogando muito, com duas intervenções precisas de Lautaro Martinez, com um gol e o pênalti sofrido (e validado pelo VAR).

Ocorre que o Barça não se rende facilmente e, a partir da troca alucinante de passes por Lamine Yamal, Raphinha e Olmo, foi buscar o resultado, com dois golaços. E, a 10 minutos do final, Raphinha recebeu na área, chutou e aproveitou o rebote para virar o placar.

Silêncio da torcida italiana. Parecia o fim do sonho. Só que o zagueiro Acerbi garantiu novo empate, provocando a prorrogação eletrizante. Logo no início do tempo extra, Frattesi assegurou a vitória após brilhante jogada de Marcus Thuram.  

Com méritos, a Inter está na grande final – o adversário sai hoje do confronto entre PSG x Arsenal. O Barça perdeu, mas proporcionou momentos mágicos pelos pés dos craques Lamine e Raphinha, contribuindo generosamente para a mais espetacular semifinal da Liga.

Lei do Esporte e Financiamento

O financiamento ao esporte por meio da Lei de Incentivo registrou em 2024 um marco inédito: pela primeira vez desde sua criação, a política pública superou a casa de R$ 1 bilhão em recursos captados para projetos esportivos aprovados em todo o país.

O avanço representa uma tendência de crescimento no mecanismo, que vinha operando abaixo desse patamar nos anos anteriores. Foram R$ 509,8 milhões em 2021, R$ 559,3 milhões em 2022 e R$ 985,6 milhões em 2023.

As empresas que mais investiram em 2024 foram: Vale – R$ 84,3 milhões; Grupo Itaú – R$ 62,5 milhões; Nubank – R$ 50,5 milhões; e Shell – R$ 41,2 milhões. Em termos de distribuição regional o cenário aponta para uma queda da concentração na região Sudeste nos últimos 4 anos (de 74,7% em 2021 para 68,4% em 2024).

Apesar de leve crescimento percentual nas regiões Nordeste e Centro-Oeste em relação a 2023, o Norte apresentou queda pelo 2º ano consecutivo (de 2,9% em 2022 para 1,9% em 2024). Os dados revelam que a descentralização dos recursos entre as regiões ainda é limitada.