PORTO FUTURO

Primeiro Parque de Bioeconomia do Brasil será inaugurado nesta terça

O Parque está entre um dos principais legados da COP30, e vai conectar ciência, comunidades e negócios no coração da Amazônia.

Foto: Bruno Cecim/Ag. Pará
Foto: Bruno Cecim/Ag. Pará

Um novo capítulo na história da Amazônia será aberto nesta terça, 7, com a inauguração do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, localizado no Porto Futuro, em Belém. O complexo, considerado o primeiro do gênero no Brasil, reúne laboratórios de pesquisa, áreas de prototipagem, espaços para startups e núcleos voltados a saberes tradicionais, com o objetivo de transformar o potencial natural da floresta em produtos e tecnologias de alto valor agregado.

O Parque está entre um dos principais legados da COP30, e vai conectar ciência, comunidades e negócios no coração da Amazônia.

Instalado nos Armazéns 5 e 6, o parque é uma das ações estruturantes do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), e deve funcionar como polo de inovação e empreendedorismo sustentável. A proposta é clara: fortalecer a chamada “floresta em pé” como ativo econômico e social na promoção do desenvolvimento com inclusão e respeito ambiental.

PARQUE SERÁ VITRINE

“O Pará acredita muito em bioeconomia e tem atuado no sentido de identificar oportunidades que possam transformar nossa biodiversidade em uma nova economia”, afirmou o governador Helder Barbalho. “Já investimos cerca de R$ 2 bilhões em bioeconomia, e o Parque será a vitrine desse trabalho.”

Durante discurso recente na Semana do Clima, em Nova Iorque, Helder destacou o caráter social do projeto: “A sustentabilidade precisa ser ambiental, econômica, mas, acima de tudo, social. Precisamos cuidar das árvores e dos povos que vivem abaixo da copa das mesmas.”

Integração e Desenvolvimento Sustentável

O Parque de Bioeconomia foi planejado para integrar diferentes dimensões: pesquisa científica, empreendedorismo, valorização dos conhecimentos tradicionais e desenvolvimento de novos negócios sustentáveis. O espaço contará com laboratórios-fábrica, incubadoras, centros de inovação, salas de co-criação e um núcleo voltado aos povos e comunidades tradicionais.

REFERÊNCIA GLOBAL

Além de funcionar como vitrine tecnológica, o complexo deve impulsionar a internacionalização da bioeconomia amazônica, atraindo investidores e consolidando o Pará como referência global em inovação sustentável. O governo estadual estima que o equipamento se torne o principal legado da COP30, evento que colocará Belém no centro do debate climático mundial em 2025.

Desafios e Próximos Passos

Entre os desafios do projeto estão a manutenção da estrutura de ponta, o equilíbrio financeiro por meio de parcerias público-privadas, a segurança jurídica sobre o uso de recursos genéticos e a inclusão efetiva das comunidades locais na governança e nos lucros do empreendimento.

Com cerca de 75% das obras concluídas, o Parque de Bioeconomia e Inovação é visto como o primeiro passo para descentralizar a ciência e a tecnologia brasileiras, aproximando a Amazônia da fronteira da inovação.

Inauguração e Perspectivas Futuras

A Inauguração do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia acontece nesta terça, 7, às 16h, nos Armazéns 5 e 6 do Porto Futuro em Belém.Primeiro Parque de Bioeconomia do Brasil será inaugurado nesta terça