Por que não sempre assim? Re-Pa dá aula e renova esperança

Antes tarde do que mais tarde.
Remo e Paysandu vinham devendo, há muitos jogos, atuações empolgantes — ou pelo menos algo próximo a isso. Neste domingo, 28, os planetas se alinharam a ponto de os dois times repetirem até os placares a seu favor. Um domingo épico, que precisa ser festejado até o fim da noite por torcedores e jogadores.

Claro que ainda tem muito chão pela frente — nove rodadas — e cada um com sua batalha. O Papão, que agora enxerga uma luz no fim do túnel (e não é da lanterna!), já pode começar a apostar num milagre: o do não rebaixamento. A distância para sair do Z4 encurtou. Melhor do que os três pontos contra o líder Criciúma foi a atuação impecável e segura da equipe, mesmo bastante desfalcada. Ainda assim, o time se impôs e venceu com autoridade. O placar, aliás, poderia ter sido ainda mais elástico.

Já o Leão de Guto Ferreira fez o simples em casa. Tomou um susto, saindo atrás no placar, mas logo se reencontrou e não perdeu a confiança — algo que andava perdido na era António Oliveira. A virada e a goleada vieram com justiça, com destaque para o terceiro gol: uma jogada de pé em pé, num contra-ataque rápido, até o iluminado uruguaio Nico Ferreira empurrar para o fundo do gol. O Remo segue vivo na briga pelo acesso.

Pelo que jogaram hoje, dá para apostar boas fichas na dupla Re-Pa. Que continuem assim — para o bem do futebol paraense e para a alegria do sofrido torcedor, que merece o melhor dos seus times.

Voltamos a qualquer momento…