PRIMO PODE?

Pesquisa sugere que 70% já imaginaram sexo com primos

Uma pesquisa realizada com mais de 12 mil pessoas pelo Sexlog, rede social voltada para sexo e swing, revelou que 70,6% dos respondentes já fantasiaram com a ideia de ficar com um(a) primo(a).

Uma pesquisa realizada com mais de 12 mil pessoas pelo Sexlog, rede social voltada para sexo e swing, revelou que 70,6% dos respondentes já fantasiaram com a ideia de ficar com um(a) primo(a).
Uma pesquisa realizada com mais de 12 mil pessoas pelo Sexlog, rede social voltada para sexo e swing, revelou que 70,6% dos respondentes já fantasiaram com a ideia de ficar com um(a) primo(a).. Foto: Divulgação

O Dia do Primo, celebrado em 26 de setembro, costuma ser lembrado em tom de carinho e brincadeira. Mas, quando o assunto é sexualidade, surge um tabu: afinal, por que tantas piadas e fantasias eróticas giram em torno de primos e primas?

Uma pesquisa realizada com mais de 12 mil pessoas pelo Sexlog, rede social voltada para sexo e swing, revelou que 70,6% dos respondentes já fantasiaram com a ideia de ficar com um(a) primo(a). Para 57,2%, a expressão “pegar o primo ou a prima” aparece com frequência em piadas ou conversas, quase sempre em tom de humor. O motivo mais citado foi o “proibido é excitante”, apontado por 51,6% dos entrevistados.

O levantamento também mostrou que 44,9% já consumiram pornografia ou contos eróticos sobre o tema mais de uma vez. Além disso, 64,5% disseram que ficariam excitados caso a temática surgisse em uma história erótica ou conversa íntima.

Segundo a sexóloga Bárbara Bastos, fantasias com familiares não devem ser confundidas com desejo real. “O proibido é um recurso comum no erotismo. Mas fantasiar é ilimitado e seguro dentro da mente, enquanto a prática envolve consentimento, ética, valores pessoais e até questões legais”, afirma.

A pesquisa ainda destacou que 43,7% se sentem excitados pela adrenalina da imaginação e 41,5% pela sensação de transgressão. Apenas 6,1% associaram o humor como parte do prazer. Para Bárbara, piadas e memes podem ajudar a abrir espaço para conversas sobre sexualidade, mas também podem reforçar preconceitos e constrangimentos.

Apesar de 22% nunca terem tido essa fantasia e 1,5% considerarem o tema desconfortável, o levantamento indica que o imaginário coletivo segue alimentado por tabus. “Fantasias são uma forma de autoconhecimento e não definem caráter ou destino sexual. A chave é diferenciar o desejo mental da prática real”, conclui a especialista.