
Sobrou disposição, mas faltou criatividade. Por essa razão simples, PSC e Goiás ficaram no 0 a 0, ontem à noite, no Mangueirão. É aceitável dizer que as melhores chances couberam ao time paraense, mas a extrema dificuldade em transformar posse de bola em lances de gol atrapalhou os planos do Papão.
O 1º tempo foi dominado por esforços dos dois lados para superar a forte marcação, cenário absolutamente normal para um jogo decisivo. Ocorre que o Goiás era superior por demonstrar mais tranquilidade, menos pressa e afobação. Já os bicolores abusavam da correria inútil, desperdiçando situações por falta de organização.
A primeira jogada de perigo pertenceu ao Goiás. Artur Kaique cobrou falta aos 16 minutos e o chute gerou um rebote perigoso de Matheus Nogueira. Bateu roupa, como se dizia nos tempos de Dodô no Andaraí. A chance se ofereceu para Lucas Ribeiro, que tentou desviar para as redes, mas o goleiro se redimiu e abafou o lance.
O Papão ameaçou chegar aos 22 minutos, quando Matheus Vargas disparou forte, mas Rossi não aproveitou o rebote de Tadeu. Aos 30’, a melhor chance. Lançado por Rossi, Nicolas se encheu de pernas e perdeu o controle da bola quando estava de cara para o gol.
Aos 36’, Rossi caiu pela direita e bateu cruzado na área. A zaga deixou passar e Nicolas desviou, mas Tadeu fez a grande defesa da noite, impedindo o gol alviceleste. O Goiás se retraiu e pouco arriscou nos minutos finais, aparentando satisfação com o empate parcial.
Mudanças e Equilíbrio no Jogo
Para a etapa final, o técnico Vagner Mancini mexeu no Goiás, preocupado em renovar o gás: o lateral DG e o meia Rafael Gava substituíram Lucas Lovat e Rodrigo Andrade. Do lado bicolor, Luizinho Lopes lançou Giovanni e Benítez, sacando Delvalle e Nicolas, que saiu vaiado.
As mudanças não alteraram o equilíbrio de forças. O Goiás vivia de lançamentos longos e uma linha de cinco jogadores guarnecendo a área. O PSC tentava criar algo novo a partir da entrada de Giovanni, mas ficou na vontade, pois o jogo seguiu brigado e pouco criativo.
A presença do PSC no campo de ataque deu a falsa impressão de que o gol poderia sair. Na realidade, somente duas chances foram criadas. A primeira, com Edilson, aos 13 minutos, mas Tadeu fechou a porta. Depois, Rossi fez ótima jogada pela direita e finalizou em cima do goleiro.
No próximo dia 23 acontece o segundo duelo e a decisão está em aberto. Os times mostraram equivalência até na ausência de ideias.
Reforços do Leão e Pacto Pró-Equidade Racial
O Remo se prepara para apresentar um novo pacote de reforços, aproveitando a curta janela que se fecha amanhã, 11. Quatro atletas foram contratados nos últimos dias: o meia Régis, o zagueiro Camutanga, o lateral-direito Pedro Costa e o atacante PH.
Camutanga, natural de Pernambuco, foi jogador de Sport e Náutico, passando ultimamente pelo Vitória. Depois de passar por cirurgia, não conseguiu recuperar espaço e aceitou vir defender o Remo na Série B.
O novo reforço chega com potencial para ocupar a titularidade, fazendo dupla com William Klaus. O Remo conta com várias opções para a zaga – Rafael Castro, Lucão, Reinaldo, Jonilson e Alvariño. Camutanga pode estrear contra o América-MG, domingo.
A contratação de Pedro Costa, 31 anos, ex-Avaí e Botafogo-SP, surpreende porque o elenco já dispõe de três jogadores para a posição: Kadu, Marcelinho e Thalys, ainda em transição.
Régis, ex-Goiás, vem brigar por um lugar no meio-campo, para jogar com Jaderson ou fazendo ligação com o ataque. Foi recomendado pelo técnico Daniel Paulista, com quem trabalhou no Guarani. Outra recomendação de Daniel é o atacante PH, destaque do Santa Rosa no Parazão.
Águia adere ao Pacto Pró-Equidade Racial do TCE
O Águia de Marabá é o mais novo signatário do Pacto Interinstitucional Pró-Equidade Racial, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA). A formalização do termo de adesão ocorrerá amanhã (11), às 9h, durante o evento “10 anos da unidade do TCE-PA em Marabá: fortalecendo a gestão e o controle no sul e sudeste do Pará”.
O ato de assinatura do documento terá o presidente do TCE, conselheiro Fernando Ribeiro, e o presidente da Águia de Marabá, Sebastião Ferreira Neto. O Águia será o terceiro clube profissional a aderir ao pacto. Remo e Paysandu já apoiam a iniciativa, juntamente com o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) e a Federação Paraense de Futebol (FPF).
Atualmente, 55 instituições públicas e privadas integram o Pacto Interinstitucional Pró-Equidade Racial. Coordenado pela Escola de Contas Alberto Veloso (Ecav), o projeto de combate ao racismo por meio de atividades de conscientização está na fase de reuniões com grupos de trabalho, por área de atuação, para a implementação de ações de enfrentamento.
O TCE-PA e demais parceiros também unem esforços para a organização da Jornada de Boas Práticas de Equidade Racial, evento a ser realizado em outubro deste ano com o compartilhamento das melhores práticas de luta contra o preconceito racial pelas entidades participantes.