QUASE UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA

Paysandu vive pesadelo e enxerga a Série C no retrovisor

O Paysandu segue escrevendo, jogo após jogo, um roteiro de queda quase inevitável.

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu
Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

O Paysandu segue escrevendo, jogo após jogo, um roteiro de queda quase inevitável. Matematicamente, ainda há chances reais de escapar da zona de rebaixamento na Série B. Mas, na prática, a esperança começa a rarear. E parte da torcida já caiu na real.

A partida contra o Novorizontino, numa Curuzu com poucas testemunhas, foi mais um episódio da série “como complicar o que já está difícil”. O gol de Garcez, que parecia abrir um novo horizonte no segundo tempo, foi corretamente anulado pelo VAR. E quando o empate parecia se confirmar, veio o castigo: gol dos visitantes, num lance fortuito após escanteio, praticamente no apagar das luzes.

É o tipo de jogo que ilustra bem o drama bicolor. O imponderável entrou em campo. Mas a verdade é que não se trata só de azar: o time erra demais, cria pouco, falha nos momentos decisivos, e o elenco parece emocionalmente abalado, tanto que não demonstrou poder algum de reação. Parecia entregue.

Faltam 10 jogos para o fim da Série B. Cinco serão em casa, mas isso, para o Paysandu, não é sinônimo de força: foram apenas duas vitórias em 12 jogos na Curuzu. Um desempenho abaixo da crítica para quem sonha em deixar a lanterna.

O próximo compromisso será contra o Criciúma, que tem dois ex-bicolores em boa fase: Nicolas e Borasi. Ingredientes de sobra para mais um capítulo tenso.

A essa altura, nem a fé na “Santinha” tem dado conta de aliviar a angústia bicolor. A verdade é que o Paysandu vai precisar muito mais do que promessas e sorte. Vai precisar jogar bola, mostrar garra e entregar aquilo que a Série B exige: competitividade.

O tempo está passando. A Série C está logo ali. E os dados já estão rolando.

Voltamos a qualquer momento…

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.