GERSON NOGUEIRA

Paysandu quer levar mais de 40 mil ao Mangueirão

Massa alviceleste faz história: jogo Paysandu x Vila Nova registra recorde de público na Série B, mesmo sem valor competitivo.

Massa alviceleste faz história: jogo Paysandu x Vila Nova registra recorde de público na Série B, mesmo sem valor competitivo.
Massa alviceleste faz história: jogo Paysandu x Vila Nova registra recorde de público na Série B, mesmo sem valor competitivo.

É um fato inédito no futebol paraense. Rodada final de campeonato, jogo sem valor competitivo para os dois times e o público no Mangueirão será digno de uma decisão. Até sexta-feira, a diretoria do PSC informava mais de 40 mil ingressos vendidos, o que faz prever um recorde na Série B. Dificilmente outra partida deste giro final vai superar a lotação do confronto Paysandu x Vila Nova.

Isso diz muito sobre o amor incondicional do torcedor paraense pelos seus times de coração. A massa alviceleste formou filas imensas nos últimos dias para adquirir ingresso, a fim de estar presente a um jogo de cumprimento de tabela.

O PSC se garantiu na Série B, afastando os riscos de queda na vitória sobre o Brusque, na 36ª rodada. Um desfecho feliz para a torcida depois de várias rodadas angustiantes, com a constante pressão e a necessidade de se afastar do Z4. Aos trancos e barrancos, o time foi pontuando e avançando até se salvar em definitivo.

Na partida deste domingo, às 16h, o PSC recebe o Vila Nova para festejar a salvação da lavoura, mas também para valorizar os feitos da temporada. É necessário dizer que o Papão teve uma jornada vitoriosa em 2024. Ganhou o Campeonato Paraense pela 50ª vez e conquistou a Copa Verde, por coincidência sobre o próprio Vila Nova, com um incrível placar agregado de 10 a 0 na decisão.

A comemoração é mais do que justa. E foi com esse mote que a diretoria espertamente badalou o jogo, atraindo as atenções da torcida. Além disso, há o fator rivalidade. PSC e Remo rivalizam até na disputa de palitinho.

Como o Remo estabeleceu um novo recorde de público no estádio Jornalista Edgar Proença, colocando 55 mil pagantes no jogo do acesso à Série B, diante do São Bernardo, o torcedor bicolor quer a todo custo superar essa marca. E é possível que isso ocorra.

Essa situação só é possível por envolver duas das maiores torcidas do país, apaixonadas por seus clubes e capazes de competir até quando os dois times não estão em campo. O jogo será contra o Vila Nova, mas a tradição do Re-Pa está em cena, na disputa entre torcidas.

Ah, será uma oportunidade preciosa para o torcedor clamar pela permanência do ídolo Esli García no clube, aumentando a pressão sobre a diretoria pelo fechamento de acordo com o atleta. E é a chance de homenagear João Vieira, o mais regular jogador da temporada, de participação fundamental em todas as competições, que está partindo para outros voos.   

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa, a partir das 22h, na RBATV. Participação de Liane Coelho e deste escriba baionense. Em pauta, um balanço da Série B e projeções para a próxima temporada. A edição é de Lino Machado e Lourdes Cezar.

Disputa pelo acesso mantém viva a emoção

A rodada da Série B tem como encanto especial a disputa pelas últimas vagas do acesso à Série A. Mirassol, Novorizontino, Ceará e Sport brigam por três vagas, com maiores chances para os três primeiros. De toda sorte, será um encerramento emocionante, mesmo que o título já tenha sido conquistado antecipadamente pelo Santos.

O Sport (63) enfrenta o próprio Peixe, no Recife, mas talvez a vitória não seja suficiente para levar a vaga. O Ceará (63), seu perseguidor direto, vai a Campinas encarar o lanterna Guarani. Já o Novorizontino (64) desafia o Goiás, já sem chances. E o Mirassol (64) pega a Chapecoense, também com permanência assegurada.

Como gostam de dizer os locutores globais, vai ter emoção até o fim.  

Sonho desfeito: Pep Guardiola renova com o City

Com a Seleção Brasileira atravessando momentos constrangedores sob a direção de Dorival Júnior, sonhadores alimentavam a ideia de ver Pep Guardiola no comando da Seleção Brasileira. É um quase delírio, pois o espanhol já deixou claro que – a exemplo de seus colegas europeus – não tem lá muito interesse em treinar seleções nacionais.

Mas, antes da Copa de 2022, Guardiola teria admitido a amigos a vontade de assumir o escrete brasileiro. Isso nunca se confirmou oficialmente, mas serviu para embalar os sonhos de muita gente. Nesta semana, porém, qualquer expectativa caiu por terra com o anúncio da renovação do técnico catalão com o Manchester City.

Empurrão na área é pênalti só para o Palmeiras

Quando o Fortaleza enfrentou o Palmeiras, há duas semanas, Ramon Abatti Abel marcou pênalti quando o zagueiro Tite encostou a mão nas costas de Flaco Lopez, salvando o time paulista de um tropeço dentro de casa. O lance gerou discussões e a marcação só teve um defensor: Paulo César Oliveira, o notório comentarista de arbitragem inventor de regras.  

Pois na sexta-feira à noite, no Maracanã, o atacante Breno Lopes é empurrado acintosamente pelo zagueiro Tiago Silva, do Fluminense, mas o árbitro Rafael Claus (sempre ele) não deu a mínima para o lance. O VAR também considerou que a jogada teria sido normal e não interferiu.

Em meio à óbvia balbúrdia de critérios que rege a arbitragem no Brasil, o lance é apenas mais um a enriquecer a galeria de erros flagrantes cometidos indiscriminadamente na Série A. Sem qualquer esperança de mudança.