É o primeiro
desafio do quadrangular decisivo para o PSC. Primeira chance de acumular pontos
preciosos na briga pelo acesso à Série B. Diante de um dos favoritos do grupo,
o Papão precisa fazer valer a força de seu jogo, responsável pela grande
campanha na fase inicial do campeonato. Ao lado de Mirassol e Figueirense, o
time de Márcio Fernandes terminou com 33 pontos, segundo colocado na pontuação
geral – abaixo do líder Mirassol no número de vitórias.
Hoje é dia de Papão! Tudo sobre Vitória x Paysandu
Diante de um adversário que teve um desempenho instável na etapa classificatória, melhorando somente nas dez rodadas finais, é legítimo acreditar que o PSC tem boas possibilidades de obter um resultado positivo na partida deste domingo, no estádio Barradão.
Vencer não é tarefa impossível. O Vitória acumula oito resultados positivos – cinco vitórias e três empates –, mas está longe de ser um time imbatível. Entre os destaques do rubro-negro baiano, estão o goleiro Dalton, o meia Léo Gomes e os atacantes Tréllez, Luidy e Rafinha, ex-Remo. Já alertei aqui para o perigo da bola aérea, muito bem treinada pelos baianos.
Em casa, diante de sua torcida, o Vitória costuma pressionar desde os primeiros minutos. O PSC já enfrentou esse desafio na primeira fase, diante de quase 30 mil pessoas no Barradão. Naquela tarde, mesmo com vários desfalques, o time paraense equilibrou o jogo e teve duas grandes chances no primeiro tempo. Um erro na saída de bola propiciou o gol que garantiu o triunfo do Vitória.
Para hoje, o Papão precisa estar muito mais organizado e consciente das responsabilidades de marcação contra um ataque que vem funcionando bem. A saída rumo ao ataque, explorando o contragolpe, é um dos trunfos à disposição da equipe. Deu certo diante do Ferroviário, em Fortaleza, e nos jogos recentes contra Campinense e Altos-PI, ambos fora de casa.
Com alta capacidade reativa, o PSC baseia seu jogo no entrosamento de um meio-de-campo que tem Mikael, João Vieira e José Aldo, apoiado por Marlon e Serginho, ficando Robinho normalmente com a função mais adiantada no ataque. Márcio Fernandes treinou também uma opção de ataque mais conservadora, com Dalberto centralizado.
A depender dos humores do treinador, pode ser essa a formação inicial bicolor. Ou, ainda, um trio ofensivo com Pipico como atacante ao lado de Robinho e Marlon.
Nas últimas partidas da primeira fase, a atenção dos adversários se concentrou sobre José Aldo e Marlon, destaques do time bicolor e homens responsáveis pela construção de jogadas e finalização. Não por acaso, Marlon é coartilheiro da Série C, com 10 gols, ao lado de Alex Henrique (Aparecidense).
Muito vigiados, Marlon e José Aldo tiveram desempenhos abaixo do normal nas últimas sete rodadas, contribuindo para uma queda de rendimento de toda a equipe. O revés em casa diante do Floresta, no sábado passado, evidenciou essa situação. Diante do Vitória, hoje, todos esses problemas deverão estar superados em nome do projeto do acesso, que pode ter um embalo e tanto caso o Papão conquiste os três pontos. (Foto: Vítor Castelo/Ascom PSC)
Bola na Torre
Guilherme Guerreiro apresenta o programa, a partir das 21h30, na RBATV, com participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, a rodada inicial do quadrangular da Série C. A edição é de Lourdes Cézar.
Os sobreviventes do desastre azulino na Série C
Vinícius, Zé Carlos (que acertou renovação), Paulinho Curuá e Ronald são os jogadores que restaram da desastrosa campanha azulina na Série C. Por exclusão, a situação faz justiça aos “nativos” do elenco.
Bem verdade que os goleiros não são paraenses, mas estão adaptados ao futebol regional, principalmente Vinícius, ídolo da torcida por cinco temporadas e que caiu em desgraça por falhas graves no Re-Pa do Brasileiro.
Curuá foi o principal voltante do time quando foi escalado de cara. Raras vezes isso ocorreu com Paulo Bonamigo, cinco vezes com Gerson Gusmão. Ainda assim, fechou a Série C como autor do gol mais bonito, o sensacional sem-pulo diante do ABC.
Ronald, principal revelação do Remo desde Roni, fazia um campeonato excelente, embora – a exemplo de Curuá – pouquíssimo aproveitado por Bonamigo na temporada, quando sofreu a lesão grave, após uma sequência de ataques desferidos pelos beques de roça da Série C.
O afastamento inesperado de Ronald, único atacante velocista e driblador do elenco, foi uma baixa de graves consequências e um dos fatores a contribuir para o fiasco remista.
Não deixa de ser simbólico que o quarteto, por coincidência, tenha o papel ao mesmo tempo de remanescente e de semente de um novo Remo que surgirá em dezembro.
Taça das Favelas reúne mais de 500 jovens atletas
Realizada pela primeira vez no Estado, a Taça das Favelas PA começou neste sábado, 20, em dois pontos da capital paraense. A Arena Águia, localizada na Alameda das Andradas, no Curuçambá, em Ananindeua, e as arenas Formigão 1, 3 e 4, no bairro Maguari, também em Ananindeua, vão receber os jogos de abertura. No total, 16 times masculinos disputam uma vaga na final, prevista para 8 de outubro.
Todos os times participantes são oriundos de projetos sociais desenvolvidos na região metropolitana. Antes do torneio começar foram realizadas peneiras nos locais de atuação de cada time.
Organizado pela Central Única das Favelas – Cufa, a Taça das Favelas é uma das maiores competições de futebol amador de campo do mundo, a maior entre as favelas. Neste ano, o campeonato chega ao Pará, com mais de 500 jovens que participam das seletivas entre os bairros até a final.