Projeto integra ações do governo federal que unem conservação ambiental, geração de renda e turismo sustentável.
Projeto integra ações do governo federal que unem conservação ambiental, geração de renda e turismo sustentável.

A Amazônia brasileira ganhará a maior trilha da América Latina, com 460 quilômetros de extensão, atravessando o estado do Pará.

A Trilha Amazônia Atlântica será oficialmente inaugurada durante a COP30, em novembro, como parte das ações do governo brasileiro voltadas à conservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável da região.

O percurso, que liga Belém ao município de Viseu, na divisa com o Maranhão, está em fase final de estruturação e sinalização.

A trilha percorrerá comunidades tradicionais e áreas de floresta, permitindo aos visitantes conhecer o modo de vida de extrativistas, pescadores, agricultores, coletores de caranguejo e exploradores de babaçu.

O projeto é considerado um modelo de turismo de base comunitária, integrando geração de renda, valorização cultural e preservação ambiental.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o trajeto cruza sete unidades de conservação, entre reservas extrativistas marinhas, áreas de proteção ambiental e refúgios de vida silvestre, além de seis territórios quilombolas.

O percurso contará com mapas, sinalização, pontos de apoio e o envolvimento direto dos moradores e empreendedores locais, que estão sendo capacitados para atender os visitantes.

O projeto também inclui recursos tecnológicos: por meio do aplicativo eTrilhas, será possível obter informações sobre o trajeto e entrar em contato com prestadores de serviços ao longo da rota.

Destaque do Percurso Paraense

De acordo com o diretor do Departamento de Áreas Protegidas da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Pedro Cunha e Menezes, o percurso paraense coloca o Brasil em destaque entre os países amazônicos que já investem em rotas ecológicas. “Existem trilhas semelhantes no Peru, Equador e Colômbia, mas nenhuma com a dimensão e a diversidade cultural e ambiental da Amazônia Atlântica”, afirmou.

A expectativa do MMA é de que 10 mil pessoas percorram o trajeto no primeiro ano de funcionamento, seja a pé ou de bicicleta. O governo aposta na trilha como instrumento de fortalecimento do turismo sustentável e de promoção da conservação de ecossistemas costeiros e florestais.