COLÔMBIA

Pará apresenta iniciativas para conservação da biodiversidade na COP 16

Ideflor-Bio mostra, em Cali, projetos de monitoramento e reintrodução no ambiente de espécies ameaçadas e de criação de áreas protegidas

Ideflor-Bio mostra, em Cali, projetos de monitoramento e reintrodução no ambiente de espécies ameaçadas e de criação de áreas protegidas
Ideflor-Bio mostra, em Cali, projetos de monitoramento e reintrodução no ambiente de espécies ameaçadas e de criação de áreas protegidas

A participação do Governo do Pará na Conferência sobre Biodiversidade de 2024, a COP 16, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Cali, na Colômbia, reforça o compromisso do Estado com a conservação da biodiversidade amazônica. Representado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), o Pará expôs projetos de monitoramento e reintrodução de espécies ameaçadas e a criação de áreas protegidas.

Com uma equipe composta pelo diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio, Crisomar Lobato; a gerente de Biodiversidade, Mônica Furtado, e a gerente de Sociobiodiversidade, Jocilete Ribeiro, o Pará integrou o bloco temático “Biodiversidade e Câmbio Climático: Conservação e Gestão da Biodiversidade” no dia 25 de outubro. A apresentação ocorreu na Universidade ECCI Cali e destacou o papel da preservação no enfrentamento das mudanças climáticas, além dos desafios locais para a gestão da biodiversidade.

Ações – Os projetos em andamento no Pará incluem a “Revisão e Atualização da Lista de Espécies de Flora Ameaçadas de Extinção” no estado e o “Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção no Território do Xingu”. Tais iniciativas buscam identificar e proteger as espécies em maior risco, contribuindo para a conservação de ecossistemas únicos na Amazônia.

A preservação da fauna local também foi tema da apresentação com destaque para o “Monitoramento da Captura Acidental do Boto-Cinza (Sotalia guianensis)” na Área de Proteção Ambiental (APA) de Algodoal-Maiandeua, em Maracanã, região nordeste paraense e o “Programa de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas (Guaruba guarouba)” em Belém. Essas ações ilustram o compromisso do Ideflor-Bio com a proteção e a recuperação de espécies ameaçadas de extinção.

“Nosso compromisso é consolidar políticas públicas que garantam a proteção dos nossos ecossistemas e contribuam para o equilíbrio ambiental e climático. A COP 16 é uma oportunidade de mostrarmos esses avanços e buscarmos novas parcerias internacionais,” afirmou o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto.

Cooperação – Além dos projetos de conservação, a equipe destacou a parceria entre o Ideflor-Bio, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e o Andes Amazon Fund na criação de Unidades de Conservação (UCs) estaduais e no apoio à criação de UCs municipais. O fortalecimento dessas áreas protegidas é essencial para garantir o uso sustentável dos recursos naturais.

Outras iniciativas de preservação foram discutidas, como os programas de educação ambiental e o desenvolvimento de políticas para o uso sustentável da biodiversidade. Segundo o diretor de Gestão da Biodiversidade, Crisomar Lobato, “esses projetos são cruciais para assegurar que a biodiversidade amazônica seja valorizada e protegida, garantindo benefícios não apenas para o Pará, mas para o mundo”, frisou.

Avanços – Em 2015, o Ideflor-Bio teve suas competências ampliadas com a criação da Lei nº 8.096, que o tornou responsável pela execução de projetos estratégicos para a gestão da biodiversidade no bioma amazônico. A legislação visa o incentivo a práticas de conservação em unidades de proteção, fortalecendo o compromisso do estado com a sustentabilidade.

As ações do Pará na COP 16 também enfatizaram a importância do cumprimento das metas do Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal, um acordo internacional com 23 metas que visam reduzir as ameaças à biodiversidade e garantir a integridade ecológica dos ecossistemas. Por meio da troca de experiências e do estabelecimento de parcerias, a participação do Pará na COP 16 reforça o papel do estado na proteção da Amazônia e no enfrentamento das mudanças climáticas.