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Papa Francisco vai a hospital para exames 2 meses após ser internado

O papa Francisco disse em uma reunião a portas fechadas com bispos italianos que os seminários já estão "cheios de viadagem". Foto: Vatican News/facebook
O papa Francisco disse em uma reunião a portas fechadas com bispos italianos que os seminários já estão "cheios de viadagem". Foto: Vatican News/facebook

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dois meses após ser internado com quadro de bronquite, o papa Francisco, 86, foi levado a um hospital nesta terça-feira (6) em Roma, na Itália, para ser submetido a exames. O pontífice já voltou ao Vaticano.

O papa esteve em um departamento especializado no tratamento de pacientes idosos, segundo as agências de notícias italianas ANSA e AGI. Ele chegou ao hospital às 10h40 no horário local (5h40 em Brasília) e permaneceu por cerca de 40 minutos. O Vaticano não divulgou detalhes dos exames.

Francisco, que celebrou dez anos de seu pontificado em março, tem sofrido com uma série de doenças nos últimos anos e costuma usar uma cadeira de rodas ou uma bengala em suas aparições públicas por causa de dores persistentes no joelho.

No mês passado, o papa precisou cancelar audiências após apresentar febre. Antes, em março, ele recebeu diagnóstico de bronquite e ficou cinco dias internado, o argentino está no geral mais exposto a doenças respiratórias por ter retirado parte de um dos pulmões quando tinha 20 e poucos anos.

Em entrevista à rede Telemundo, exibida há duas semanas, o líder disse que a doença respiratória foi “tratada a tempo”. “Se tivéssemos esperado mais algumas horas, teria sido mais grave”, afirmou.

Ao falar sobre as dores no joelho, Francisco disse estava “muito melhor”. “Já consigo caminhar, o joelho está melhorando. Alguns dias são mais dolorosos, mas isso faz parte do desenvolvimento”, acrescentou.

A hospitalização em março ressuscitou especulações sobre uma possível renúncia do argentino por razões de saúde após o precedente histórico estabelecido por seu antecessor, Bento 16, papa emérito por quase uma década e morto no final do ano passado aos 95 anos.

Em dezembro, Francisco revelou à imprensa que assinou ainda no início de seu papado uma carta de renúncia na eventualidade de que seus problemas de saúde o impedissem de desempenhar suas funções. Ele reiterou em várias ocasiões que não descarta deixar o cargo caso seus problemas nesse âmbito se agravem, embora tenha declarado em viagem à República Democrática do Congo que renúncias do tipo não deveriam “virar moda”.

O papa ainda sofre de diverticulite, uma doença que pode infectar ou inflamar o cólon, de dor ciática crônica, e há dois anos foi operado para remover parte do intestino. Meses atrás, o pontífice disse que a condição havia retornado e estava gerando ganho de peso, mas que isso não era fonte de preocupação.

Apesar dos problemas de saúde, Francisco mantém uma agenda cheia. O Vaticano anunciou no sábado (3) planos para que ele visite a Mongólia de 31 de agosto a 4 de setembro. Antes disso, ele deve visitar Portugal de 2 a 6 de agosto para participar da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, e visitar o Santuário de Fátima.